sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Decote

Em meu raciocínio há um imenso decote
Que põe à mostra o que comigo se passa,
Secretos segredos que guardo das massas
A fim de que meu eu galante tudo suporte.

Há aclives e declives... é intenso latifúndio
Onde semeio urgências da vida que é tola,
Bastardos pensamentos estão numa ampola
Para evitar a dor e não me causar infortúnio...

Região calcária onde se escondem os medos
Alimentadores de mistérios que são desejos
Que, constrangidos, ficam assaz embutidos...

Não os deixo vir à tona... morrem sucateados
Pelo excesso de zelo que são fortes cadeados

E meus devaneios são tímidos e reprimidos!

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