terça-feira, 17 de maio de 2016

CASTA VIDA

Tudo o que me faz casta a vida
É o suborno íntimo diante do nada,
Sombras que enfeitam minha estrada
Têm o odor carismático da despedida.

O metafísico que carrego a tira-colo
É um exército de paixões tresloucadas
Que fuzilam no bom-senso as espadas
E singram etiquetas do bastardo dolo.

Meu templo interior é cinzento e opaco,
Batalhão de sentimentos pisa nos cacos
De uma alma que agoniza entre os danos...

Nuvens carregadas relampejam solenes
E a casta vida que necessita de higiene
Morre aos poucos perante raios profanos!


DE Ivan de Oliveira Melo

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe o seu comentário.