domingo, 13 de janeiro de 2019

SENSORIAIS




Adormece o outono cinzento
E uma melodia crespa o vazio
Enquanto as árvores desnudas
Tropeçam os galhos ao vento.

No orvalho há uma doce canção
Que madruga sob o véu da fraca
Luz que alumia faces do silêncio
Alquebrado pelo odor da razão.

Uma tristeza enfadada do crisol
Arrebenta-se diante do pândego
Aconchego que nutre da alegria
As horas transviadas do arrebol.

E no ensaio das folhas que voam
Há o ritual dos ritmos que soam!


DE  Ivan de Oliveira Melo  


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