domingo, 24 de março de 2013

Amor contra amor se paga




Prosa  poética  erótica
                                                                                                                                          


Detive-me.
A  porta  estava  meio  aberta.
Olhei  à  espreita:  ninguém!
Tudo  estava  às  escuras.
Um  pouco  constrangedor,
Havia  deixado  a  porta  trancada...
Dei  um  passo  à  frente.
Parei.
O  coração  parecia  saltar  pela  boca.
Medo?  Talvez...
Curiosidade?  Um  pouco...
Suspense?  Sim!
O  que  estaria  havendo?
Assalto?  roubo?
Não  sabia  ao certo.
Dúvidas... pensei:
Melhor  chamar  alguém,
Aquilo  era  estranho...  muito  estranho...
Mas  no  instante  em  que  decidi  recuar
Senti  uma  respiração  ofegante.
Vinha  de  dentro!
Quem  seria?  o  que  estaria  fazendo  ali?
Exatamente    escutei  um  sussurro:
Entre!
Não!  não  podia  ser...
Não  escutei  nada. Impressão!
Novamente  a  voz,
Parecia  um  delírio...
Entre!  venha,  entre!
E,  tomado  de  súbita  coragem,
Entrei.
Fiquei  petrificado...  atônito!
Era  minha  vizinha,
Estava  nua  em  pelo...
Segurava  um  copo  de  uísque...
Seu  uísque  está  na  bandeja.  Ela  disse.
Mas... tentei  falar...
Não  diga  nada.  Apenas  dispa-se.  Ela  aconselhou.
Não  houve  tempo.  Rendi-me  aos  seus  encantos.
Num  átimo  estava  como  ela:  desnudo!
Rolamos  pelo  tapete.
Beijo  profundo...
Suas  unhas  afiadas  feriam-me...
Sua  boca  passeava  em  meu  corpo.
Estava  faminta.
Devolvi-lhe  as  carícias.
Esqueci  o  uísque.  Ali  havia  bebida  melhor...
Tudo  aconteceu  em  questão  de  minutos...
Chegamos  ao  fim...   exaustos!
Então  bebi  minha  dose.
Esta  é  a  melhor  resposta.  Falou  ela.
Que  resposta?  Não  perguntei  nada.  Disse-lhe  eu.
Eu  sei!  retrucou  e  prosseguiu.
A  resposta  para  o  que  ocorre    em  casa.
Não  tenho  nada  a  ver  com  sua  casa.  Emendei.
Como  não?  ela  questionava  e  continuou:
  ocorre  o  mesmo  que  acontece  aqui.
Como  assim?  indaguei.
Sua  esposa  e  meu  marido...  afirmou. 
Não!  gritei.  você  está  enganada!  frisei.
Tire  suas  conclusões  depois.  Tapeou...
Agora  venha  outra  vez!  Tenho  sede  de  você! 

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