quinta-feira, 28 de março de 2013

Nos planos da sensibilidade



                                                                                                                                            

A  saudade  deixou
Que  uma  lágrima
Caísse  em  seu  rosto,
Pois  estava  vazio
Um  coração  que  a  amava...
Possuída  por  grande  compaixão,
A  solidão  confortou-a
Em  seu  regaço,
Mas  não  resistindo  à  emoção,
Também  ficou 
Com  a  face  umedecida...
A  saudade,  em  sinal  de  gratidão,
Secou  sua  fisionomia  triste...
Ambas  empreenderam
Uma  longa  jornada...
Visitaram  a  ternura
E,  as  três  consorciadas,
Prantearam  as  mazelas  do  mundo...
Choraram  as  barbáries  da  vida
E  tiveram  o  apoio  do  carinho
Que,  de  tão  abandonado,
Dormia  sobre  a  vacância
Dos  sentimentos  que  expressam
A  beleza  irretocável  do  universo...
A  humildade  ligou  para  o  éter
E  tentou  localizar  a  esperança
Que  caminhava  a  passos  lentos
Pelos  planos  arenosos  da  imaginação...
Perante  os  degraus
Que  regem  o  ir e vir  dos  sentimentos
Surge  um  cavalheiro distribuindo
Cortesia  aos  desamparados...
Era  alto,  atraente  e  conquistador...
Debruçou-se  sobre  as  intempéries
E  convidou  todos  a  orarem
Pelas  metamorfoses  constantes
Com  que  a  existência  se  depara...
  depois  se  compreendeu
A  essência  sublime 
Que  transforma,
Que  alimenta  a  alma,
Que  traz  o  bem  maior...
Este  senhor  tão  mal  usado,
Tão  mal  entendido
É  inimigo  da  dor...
Ele  sempre  depura
E  fomenta  calor...
Este  senhor... bem...
Este  senhor  é  o  amor!

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