quinta-feira, 11 de abril de 2013

Adeus, solidão!



O  morto  parecia  mexer-se  no  ataúde,
Em  vida  abominara  a  solidão,
Agora  desceria  os  sete  palmos  no  chão...
É  que  a  morte  ceifara  sua  saúde...

Fugira  do  estar    quando  gente,
Dissera  que  não  havia  pior  castigo...
Realmente...  solitária,  a  mente  enfrenta  perigos
Que  o  pensamento  formata  assim,  de  repente...

Em  câmara  ardente  exposto  em  recepção,
Rosto  contraído,  mãos  sobre  o  coração,
Despedia-se  da  vida  ainda  cheio  de  amor...

Entre  lágrimas  o  cadáver  descera  à  sepultura,
Mas  o  tempo  arquitetara  sublime  moldura,
Pois  na  areia  remexida  nascera  uma  flor!

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