domingo, 29 de dezembro de 2013

Caos Sertanejo


Eu  sou  peão,  tenho  as  mãos  calejadas
De  tanto  labutar  na  roça,  na  enxada
Não  para  ter  fartura,  mas  para  sobreviver...

Quatro  e  meia  da  manhã  o  galo  canta
E  muita  gente  que  nem  teve  janta
Com  a  barriga  vazia  chora  no  amanhecer...

Realidade  que  oprime  o  homem  do  campo
Que,  sem  água,  não  cultiva  seu  sustento
E  deixa  a  família  à  míngua,  morrer  ao  relento...
Lágrimas  e  suor  são  a  chuva  que  esperam  tanto!

Promessas  se  perdem  na  secura  das  estradas...
Sai  ano,  entra  ano...  fotografa-se  idêntica  miséria,
Personagens  de  gravata  discutem  assíduos  a  matéria
Que  no  papel  fica  impressa  e  não  se  resolve  nada!

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