domingo, 1 de abril de 2018

DESTERRO





Orgulhoso, bravio, na catacumba desterrada,
Eis um corpo de alma sedenta, faminta
Da luz sem sombras e dos amores encardidos
Que jazem putrefatos sob o sol de verão...
Morre-se o dia, renasce-se a noite meio cansada,
Tumultuada diante da timidez da lua que, grávida,
Funde-se na hibernação dum tempo pálido,
Mas encolhido pelas horas frias da velha estação.
Ventos afoitos sopram inquietude perante a vida
E é necessário que se feche o sepulcro abandonado,
Pois a chuva umedece os gritos embutidos no eco.



DE Ivan de Oliveira Melo

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