domingo, 17 de julho de 2016

QUADRANGULAR

Destino ingrato, o meu…
Meu quotidiano:  miséria!
A vida entravada, matéria
Dos periódicos esdrúxulos…

Notícias avulsas, conquistas.
Mazelas hediondas: pomar!
Miasmas sangrentos, meu lar
Nas ruas da solidão esquisitas.

Fome e sede, troféus da arena.
Corpo sujo, suado: vil evidência!
Ignorância em mim, tendência
Para uma morte sem mausoléu…

Abandono sem capa de revista:
Esquecimento do social vigarista!



DE  Ivan de Oliveira Melo

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