domingo, 8 de setembro de 2013

Atalho


De  mim,  sou  atento  retratista...
Do  universo,  ressabiado  observador,
Nauta  que  busca  desvendar  o  amor
Dentre   caipiras  duma  existência  niilista.

Dos  olhos  humanos,  sou  devorador  de  sonhos...
Estadista  de  uma  política  sentimental
Que  vive  em  corda  bamba,  entre  o  bem  e  o  mal,
Sobraçando  as  noites  dum  mundo  menos  enfadonho.

Da  vida,  sou  um  docente  que  leciona  esperanças
Mesmo  com  os  pés  mutilados  por  desvairadas  andanças
E  as  mãos  calejadas  pela  fadiga  do  trabalho...

Da  alma,  coleciono  carícias  para  sobreviver
Recheadas   por  temperos  de  ternura  que  são  o  dossiê
Onde  assento  retas  e  curvas  em  busca  dum  atalho!



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