domingo, 8 de setembro de 2013

Cronologia da Existência


A  vida  é  sempre  um  aconchego
Seja  de  tristezas,  seja  de  alegrias...
A  felicidade  é  terna,  não  eterna,
Pois  são  dispositivos  de  tempo
Denominados  momentos...
As  horas  são  mágicas...
Em  cada  minuto  vivido
Percebem-se  truques  da  sobrevivência
Intitulados  instantes...
Assim  caminhamos  pelas  estradas
Da  cronologia  de  uma  existência  breve,
Ora  nos  alimentando  da  eloquência,
Ora  vomitando  vermes...
O  Todo  é  infinito,
Mas  o  Tudo  é  efêmero,
Quase  Nada...
Entre  o  Tudo  e  o  Nada
Os  sintomas  acontecem
Deliberando  coisas  que  apetecem,
Ou  injetando  o  suplício  da  dor...
O  sorriso  e  o choro
São  sistemas  fugazes  e  antagônicos
Que  coabitam  entre  si
Nas  profundezas  do  universo...
Todas  as  adversidades  são  traiçoeiras,
Eis  que  os  fins  são  o  mesmo  chão...
A  beleza  e  a  feiura  dormem  juntas,
Pobreza  e  riqueza  não  têm  sentido...
Vale,  então,  a  pena  viver?
Sim,  vale...
Desde  que  a  moral  seja  o  discurso
E  a  idoneidade  do  caráter,  o  retrato...
Quando  assim  se  caminha,  reto  e  uniforme
Perante  as  veredas  alcatifadas  do  espaço,
É  porque  o  tempo  se  faz  inteligente...

E  nada  mais  importa!

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