sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

CONSCIÊNCIA ETÉREA

Levaste meu caixão até a última morada,
Meu sangue coagulado parecia apodrecido,
Mas em meu coração de cadáver hei vivido
Os derradeiros instantes de alma enamorada.

Puseste alegres flores sobre meu sepulcro
E em cada pétala uma lágrima de saudade,
Em meu sono eterno só algo será verdade:
Ser alimento de vermes e sofrer assaz estupro.

Meu corpo padeceu... na consciência há vida
E se pensas tu que meu féretro foi despedida
É que não sabes que infinito é ninho de amor...

Leva à minha campa sempre tua linda presença,
Meu pensamento é um olhar que não dispensa
Ver teu vulto e tua sombra  cultivando tua flor!



De  Ivan de Oliveira Melo

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