sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

FUGACIDADE

O mar chora por não banhar Minas,
Suas lágrimas são imensidões de cachoeiras
Que fecundam a face duma terra hospitaleira
E onde garotos silenciam o cio das meninas...

Oceano bravio das longes serras, solidão...
Matas verdes desconhecem o sabor da saudade
E as vagas sentem da Geografia a impiedade
Pelo isolamento que é mácula e ingratidão!

Crueldade do destino ao torvelinho salgado
E às tempestades que jazem sem procelas
Perante rios que correm constrangidos...

As gaivotas cobram da natureza este pecado,
Pois, nas Gerais edificariam passarelas
Onde o amor seria abundantemente consumido!
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Poema  de  Ivan  Melo  e  Flor  de  Afrodite


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