sábado, 24 de janeiro de 2015

NEBULOSA

Os minutos tardam, a tarde parece azul,
Vagas de areia vagueiam sobre a lama
E o céu, repleto de nuvens, logo reclama
Porque se impede que o sol expanda luz!

Flocos de poeira se espalham pelo ar
Como névoas a derramar tímida chama
Que mansamente congela vitrais e trama
Brumas sedosas que ao dia vêm agitar...

No orvalho das horas o tempo sombrio
Traz neblinas no pálido farfalhar dos ventos
Que sopram no espaço tétricos sentimentos.

Coagula-se em palidez o firmamento frio,
A paixão rola sobre o sepulcro das noites

Quais tranças salpicadas por vis açoites!

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