sexta-feira, 7 de março de 2014

Andarilho da Solidão



Sobre as folhas que o outono espalha
Vejo em teus pés nus o andarilho solitário
Que caminha destemido pelas ruas da solidão
E num beco chamado saudade dorme na aventura.

O vento açoita e teu pensamento tem frio,
Mas é no calor da nostalgia que te acolhe
Que o tempo te confidencia divinas mensagens
Que guardas em teu peito como ouro do mundo.

A noite envelhece teus sonhos mais urgentes
E na claridade do novo dia teus olhos resmungam,
Cobrando de ti as belas paisagens escondidas na madrugada...

A brisa da manhã apalpa tua face ainda sonolenta,
Em teu destino há veredas impúberes e vazias,
Tua fadiga é tanta que a consciência teima em não despertar!

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