quarta-feira, 19 de março de 2014

Doutra Vez...



Várias vezes me afoguei em teu soluço
E pereci na agonia desse mar bravio,
Ensopado por tuas lágrimas, tiritei de frio
Ressuscitado pela aurora dum oceano bruto.

Teu delíquio formou uma cachoeira negra
E na pororoca de sentimentos te busquei aflito,
Mas a tempestade era densa e meu grito
Mergulhou na ventania que me maltrata a cabeça.

Caminhei pela enseada do teu nome... Litoral obeso...
Na areia assinei a saudade do meu eu confesso
E adormeci sobre os recifes de minha solidão...

Quisera eu doutra vez afogar-me em teus soluços
E navegar sobre balsas de amor, resoluto
A acasalar nossas lágrimas no templo do coração!

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