segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Beijo sem Cor

  
O beijo que te dei caiu no asfalto
E foi pisoteado pela turba cafajeste...
Não sei... Talvez o carinho que me fizeste
Tenha sido fraude de um gesto falso.

Não mensurei a intensidade do gemido
Que abalou a superfície dos teus lábios,
Nos meus todos os prazeres foram raios
E labaredas de um vulcão semi-adormecido.

Se o fogo de uma paixão não te queima,
É porque tua sensibilidade não é seiva,
Mas barrotes de gelo importados do Sul...

De tua boca minha língua não quer odor,
Deixarei o ósculo trancafiado para o amor
Que me faça ver as estrelas dum céu azul!



POEMA ESCRITO E REGISTRADO EM
JANEIRO DE 1975.


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