domingo, 23 de fevereiro de 2014

Linha Indireta



Sou tímido e a vida me leva a reboque,
Disfarço-me perante a turba extrovertida,
Escondo-me até encontrar uma saída
Que me liberte de indesejados toques.

Minha introversão é um mundo imaginário
E edifico um universo onde respiro e sobrevivo,
Faço desses valores o alimento de que preciso
Para saborear a realidade do meu receituário.

Evasão fora de época? Fingimento poético exacerbado?
Não sei! Minha doutrina tem dogmas quadrados
E nesse senso de mistério busco-me no surrealismo...

Sou tímido e conta-gotas de várias raízes,
Embrenho-me no gótico e no metafísico sem vertigens
E adocico um romantismo e social sem fascismo!

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