quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Sonhos Depredados



Meu sonho despencou da janela
E foi pisoteado por alhures transeuntes,
Eis meus segredos que agora se difundem
Pelas bocas atrevidas de indivíduos tagarelas.

Clamei com meu vozeirão: indigestos!
Saracoteiam sigilos que não são seus,
Exprimem sarcásticos sorrisos dum coliseu
Que bebia de minh’alma o licor do sucesso!

Nas feições das criaturas joguei insultos
E sobre os pilares de devaneios insepultos
Debutei lágrimas arredias e constrangidas...

Empalhei do sonho ideais sobreviventes
Para fazê-los de inspiração aos descendentes
Na configuração secular de uma nova vida!

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