quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Ópera de Flores

Cobre-me com tuas suntuosas avencas
E deixa livre o canteiro das samambaias,
Preciso de regá-las para que não caia
Sobre mim o agrotóxico que as torna prenhas.

Perfuma meu corpo com tuas insignes dálias
E depois me banha com o aroma das rosas,
Necessito de fecundar-me com flores viçosas
Para dissipar de mim sensualidades otárias.

Beija minha sensibilidade com teus jasmins
E observa o que retiro de dentro de mim...
A inspiração que doira palavras de ardor!

Acaricia-me com cravos e orquídeas a eloquência
E percebe que, assim, tenho sublime consciência

Para dilapidar com semântica divina o amor!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe o seu comentário.