quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Radares da Volúpia



Recebo constantes vibrações do mundo obsceno,
São torturas e tentações que me oprimem,
Retalhos de corpos enfermos e flagelados himens
Que suplicam aflitos a doçura de um aceno.

Acabrunhado pela telepatia doentia e nauseabunda,
Respiro atônito a força da energia que dilacera
Um olfato aguçado que tem em si o odor das quimeras,
Mas que reticente sofre do aroma nefasto que retumba.

Paciente dessa atmosfera obscura, porto febris patologias
Que me acaçapam a inocência repleta de fantasias
Numa seara onde reinam desejos tecidos de amor...

Ondas físicas que se transmitem pelo radar do pensamento
Desnutrem da sensualidade o viço do sentimento
Deixando alquebradas sombras ingênuas em seu ardor!

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