domingo, 23 de fevereiro de 2014

Ondas Pretéritas



Não é doce recordar uma frustração,
É amargo o açúcar que não tem zelo,
Adoçantes são sintéticos, tornam tudo azedo
Como lágrimas salgadas que dão sede ao coração.

Reviver lembranças custa caro à saudade,
Reminiscências balouçam árvores do passado,
É mister recolher fiapos do que foi consumado
Para no  presente a solidão coser sua faculdade.

As estações são sucessivas; o tempo, inexorável...
Voltar o pensamento ao que passou pode ser inflamável
E nas dores cremadas há cinzas que parecem ressurgir...

Não se faça sincretismo ideológico com o pretérito,
A vida se renova, novos amores precisam de teto
A fim de que o sorriso seja imagem auspiciosa do porvir!

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