domingo, 10 de fevereiro de 2013

Cio e Ardor



Chove  sobre  a  relva  que  enfeita  o  jardim
E  o  mundo  silencia,    não  zomba  de  mim
Devido  ao  frio  que  o  faz  aboletar-se  dentro  do  casaco...
Gotas  intermitentes  perfuram  sensível  nostalgia
E  me  acabrunho  perante  o  torpedo  da  agonia
Que  me  assanha  a  volúpia  de  um  carinho  qualquer...
Em  meus  olhos  o  viço  se  estampa  numa  sensibilidade  de  desejos
E  um  tremor  afrodisíaco  faz-me  sonhar  com  os  beijos
Que  valsam  em  meus  lábios  sequiosos  da  ternura 
De  um  corpo  rebelde  que  me  ama  sob  a  orgia  da  chuva!

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