domingo, 24 de fevereiro de 2013

Indolência



Vejo  tantos  conflitos  que  poderiam  ser  evitados,
Percebo  tantos  disse-não-disses  do  quotidiano
Que  às  vezes  remancho  na  elaboração  de  planos
Por  sentir-me  acanhado  e  deveras  ressabiado.

Numa  overdose  de  vergonha  adormeço  no  dissabor
De  ver  fluir  o  tempo  dentre  ilusórios  aperitivos
Que  incendeiam  a  marcha  de  patéticos peregrinos
Que  não  enxergam  que  a  ração  do  mundo  é  o  amor.

As  horas  percorrem  perante  as  fraturas  da  existência
E  os  andaimes  que  se  alevantam  caem  pela  indolência
Dos  olhares  viciados  pela  contramão  nas  estradas...

Sonhar  é  antídoto  para  viver-se  isolado  em  cavernas,
O  chão  da  vida  exige  alento  e  perambular  de  pernas
Que  sejam  indiferentes  ao  galanteio  de  mãos  acomodadas!


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