sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Sem rumo...



Estou  preso  às  conveniências  pessoais,
Deitar-me  em  berço  esplêndido  é  quimera
Que  o  tempo  trapaceou  em  plena  primavera
Deixando  no  tapete  flores  murchas  pelo  chão.

Sou  verdugo  de  minhas  encardidas  apólices,
Conjecturar  planos  para  o  futuro  é  devaneio
Que  o  vento  transformou  em  farelos  de  centeio
Numa  dieta  que  me  deixou  sem  amor  o  coração.

Navego  entre  vagas  que  se  quebram  nas  rochas
De  uma  solidão  que  pranteia  o  frio  que  me  acocha
Contra  as  paredes  estéreis  de  uma  vida  caduca...

Verto  lágrimas  que  lavam  emoções  apócrifas
E  diante  da  estrela  cadente  que  cai  monótona
Respiro  o  último  néctar  da  flor  que  me  cutuca!


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