terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Erva Daninha



Insensatez!
Premeditaste  minha  desgraça,
Meu  pranto  teu  riso  não  abraça,
Hediondo  cinismo  esta  tua  estupidez!

Tenho  fome...
Não  durmo  com  a  barriga  vazia,
Enquanto  tramavas,  teus  olhos  luziam
De  maldade  pelo  infortúnio  de  um  homem!

Anoitecia...
Planos  maquiavélicos  adormeceram  tua  razão,
Apunhalaste  de  sede  doce  e  ingênuo  coração
Transformando  o  alimento  em  adereços  de  fantasia!

Chove...
O  dia  é  eterna  e  temida  penumbra,
Sinto  meu  corpo  carcomido  dentro  da  catacumba
Esfacelado  pela  dor  que  não  te  comove!

Choro...
Tua  sensibilidade  é  a  indiferença
Que  marca  teu  caráter  em  desavença
Perante  uma  personalidade  repleta  de  dolo!

Grito...
Para  que  recebas  do  Alto  a  justiça
E  anule  em  ti  tua  vida  postiça
Assassinando  a  peçonha  do  falso  mito!

Destino...
É  negro  como  o  porvir  em  que  trilhas,
Em  teu  ventre  a  lua  não  é  filha,
Pois  os  males  são  teu  muro  de  arrimo!

Luto!
Para  quem  desdenha  a  vida  cultivando  dor,
Para  quem  trapaceia  a  lei  do  amor
E  vive  saboreando  os  bacanais  do  futuro!


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