sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Conspiração Íntima



É  possível  conspirar-se  contra  si  mesmo?

Na  natureza  íntima  do  homem    um  balaio  de  sensações
Que  se  deprimem  mediante  as  emoções  da  natureza  externa...

O  ser  humano  sonha  na  edificação  do  seu  destino
E  se  apega  a  um  rastro  de  esperança  para  concretizá-lo,
Mas  as  intempéries  do  cotidiano  soterram  as  possibilidades...

Usa-se,  então,  o  freio  de  mão  e  afogam-se  os  sonhos
Numa  conspiração  voluntária  para  adequar-se  à  realidade,
Recalque  que  manipula  ingredientes  que  dissipam  a  felicidade
Abortando  planos  que  deixam  o  indivíduo  macambúzio  e  tristonho...

O  pensamento  se  acopla  a  um  viés  maltrapilho  da  consciência...
A  criatura  torna-se  fantoche  da  existência  medíocre  e  aparente,
No  bojo  do  seu  âmago    uma  insatisfação  que  é  indigente,
Pois  curtir-se  um  devaneio  é  plataforma  de  um  contratempo
Que  na  modernidade  das  horas  fere  os  costumes  e  o  bom-senso!

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