sexta-feira, 29 de abril de 2016

RETICÊNCIAS

A areia do mar é meu sofá...
As ondas, lindas almofadas;
No recreio ao sol bronzeio
Pensamentos meio tortos...

Jogo o olhar até o horizonte
E na incógnita do tempo
Vejo gigantes procelas no ar
A deslumbrar gaivotas felizes...

A vista alcança navios solteiros
Que navegam sinuosos, sem rumo.
Peixes acrobatas se lançam acima
E se deixam cair perante plateias

Que, em festa, plagiam a alegria...
Tudo percebo ancorado nas horas
Que tatuam devaneios submissos
A uma consciência que se afoga

No manjar salgado do dia festivo...
Lentamente os minutos se escoam
E a noite desce sobre seres ingênuos
Que ainda não têm onde dormir...


DE Ivan de Oliveira Melo

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