terça-feira, 5 de abril de 2016

SISTEMAS ANTAGÔNICOS

Há demônios nas encostas do organismo...

Cotidianamente teço bravatas na surdina
A fim de expulsar os espantalhos do corpo

Que me assediam diuturnamente sem cessar...
Canto ladainhas como mantras de libertação
E me percebo aliciado por nocivos carrapatos

Que me sugam da eloquência, a inspiração...
São diabetes que buscam plagiar meus versos
E entocá-los no solo das amarguras anacrônicas
Donde se extrai o lirismo das forças ocultas...

Capetas dilaceram a ênfase inata das analogias
Circuncidando no ponto crucial, o pensamento.
Tombo intimado a refazer o abecedário do ritual,
Posto que encontro-me invadido por inimigos
Que entoam na canção última, inesperada derrota!



DE  Ivan de Oliveira Melo  

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