quinta-feira, 7 de abril de 2016

VIOLÃO CADUCO

Diante da curta vida enterro as quimeras
Que endossaram meus sonhos de menino,
Passei pelos anos sem vislumbrar destino,
Agora sou canteiros floridos de primavera.

Perante o tempo doei meu viço de alegria
E fiz das ilusões instrumentos de alegoria
Para dilapidar pedras preciosas do coração.

Sobre infinitas estradas deixei marcas e fé
E sobre as águas dos rios distribui o cafuné
Que acaricia as velhas cordas do meu violão...

Mediante devaneios que naufragaram no mar,
Vejo despertar em mim uma saudade ausente,
Todavia misturada à solidão é-me o presente
Que a natureza canta e me faz deveras sonhar!



DE  Ivan de Oliveira Melo

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe o seu comentário.