sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Água Mole, Pedra dura...


Há  uma  flor  que  enfeitiça  meu  olfato,
Flor  de  forma  humana  que  meu  sensitivo  respira,
Mas  sou  meio  sem  jeito,  meio  caipira
E  em  meu  íntimo  percebo  que  sou  meio  insensato.

Insensatez  que  deixa  seco  e  sem  vida  meu  jardim,
Por  isso  na  falta  de  adubo  a  flor  viça  e  morre,
É  que  sou  meio  grotesco,  um  matuto  meio  mole,
Cético  perante  a  corte  que  a  flor  faz  a  mim.

Nos  vasos  que  rodeiam  meu  corpo  a  flor  está  murcha,
Agora  necessito  de  regar  meus  canteiros  com  fortes  duchas
A  fim  de  que  o  aroma  floral  volte  a  me  enfeitiçar...

Tanto  persevero  que  ressuscito  o  sorriso  da  flor
Que  adubada  com  carinho  confessa-me  seu  amor

E  meu  coração  pulsa  numa  ânsia  tresloucada  de  amar!

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