segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Boletim de Ocorrências


Papeis  abarrotam  minha  mesa,
O  olfato  da  cadeira  conhece  meu  cheiro,
Aí  me  debruço  durante  horas  o  dia  inteiro
A  massagear  uma  criatividade  que  é  minha  fortaleza.

As  palavras  pululam  atônitas  em  meu  cérebro,
Elas  querem  que  eu  as  use  na  confecção  de  um  enredo,
Convido-as  a  silenciarem  porque  ainda  é  segredo
O  que  manipulo  na  mente  do  meu  agitado  intelecto.

Eis  uma  atividade  em  que  matéria-prima  é  fartura,
Por  isso  é  mister  selecionar  cuidadosamente  a  candidatura
Do  tema  para  que  seja  adequado  o  sincero  ponto  de  vista...

Em  prosa  ou  em  verso  o  ato  de  escrever  é  uma  vaidade
Que  sacia  fome  e  sede  como  uma  básica  necessidade
De  ser  da  vida,  sem  soberba,  eficiente  propagandista

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