domingo, 17 de novembro de 2013

Tudo o que me cabe...



Relâmpagos  e  trovões  maltratam  a  noite
E  me  trazem  na  tempestade  vendavais  e  açoites
Que  solapam  em  mim  ingredientes  de  amargura...

Um  tenaz  frio  vagueia  tonto  e  satisfeito
Causando-me  calafrios,  congelando-me  o  peito,
Deixando-me  a  mercê  em  um  tronco  de  ditadura...

Atrofiada  liberdade  reina  durante  o  dia
E  na  madrugada  faz  conluio  com  o  tempo,
Nos  ciclones  que  temperam  meu  temperamento
Tento  embrenhar-me  e  escapar  na  brisa  da  alforria...

Na  lama  que  encobre  solstícios  de  prazer
  um  vácuo  empedernido  em  linha  de  confronto,
Se  na  vida    bons  e  maus  mundos  em  cada  ponto,
Hoje,  ser  feliz,  é  tudo  o  que  me  cabe  ser!   


Poema  de  Ivan  Melo   e   Lucas  Alves

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