quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Extrato da Umidade


As  flores  enfeitam  de  alegria
Os  canteiros  ressabiados  da  vida,
Roseirais  tímidos  em  contrapartida
Norteiam  os  olfatos  de  fantasia...

Perfume  que  é  incenso  às  mazelas
 Que  tornam  o  viver  hediondo  curtume,
Anfiteatro  que  cultua  nefastos  costumes
É  este  mundo  que  cobre  de  esterco  suas  passarelas...

No  aroma  dos  jardins  encontra-se  a  saída
Que  dissipa  miasmas  da  existência  comprometida,
Mas  ainda  repleta  de  lumes  no  fundo  do  beco...

Regue-se  a  esperança  da  plateia  que  espera
O  antídoto  que  feneça  o  burburinho  das  feras
Para  que  no  grito  umedeça-se  o  que  está  seco! 




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