Março ensolarado,
mormaço... flores brancas
Atapetam meus jardins de
outono... olfato!
Perambulo sob as rédeas
dos pés, os tamancos
Que pisoteiam o solo
alagadiço de fosfato!
Crisântemos vermelhos... é
o sangue da cascata
Poluída nesses campos onde
já não há ternura...
E a vida se enternece dentre
o massapê que é lama
Pelas várzeas movediças
dessa natureza impura!
Através da janela do
silêncio sinto do arrebol, a luz...
Um homeopático entusiasmo do
meu corpo se fia
E meus olhos coloridos de
solidão dormem o cansaço
Para saudar da comoção
réstias fúnebres de nostalgia!
E me saúda uma morte
cerzida pela exaustão da vida
Que me intima a descrever lampejos
da sutil despedida!
DE Ivan de Oliveira Melo