terça-feira, 30 de julho de 2019

CONVERSA ÍNTIMA






Dialogo com meu próprio eu, às vezes!
Mexo e remexo minhas dúvidas, remelexo!
Tento entender-me nas entrelinhas, meu contexto
A fim de compreender-me na íntegra, sem estupidezes!

Descasco meus “abacaxis” íntimos, controversos!
Aqui e ali desnudo minha alma, plenitude!
Deleto o pensamento que é cobarde, vicissitude
Que se camufla em meu cosmos, menos nos versos!

Faço uma faxina em minha consciência, verdadeira!
Permito que o inconsciente adormeça, sem vitrine!
Então o raciocínio ermitão pode repousar, sem vime
Debruçado sobre almofada de algodão, espreguiçadeira!

Eis o meu autêntico âmago, assaz sinceridade!
Assim consigo viver deste mundo, apenas a realidade!



DE  Ivan de Oliveira Melo

segunda-feira, 29 de julho de 2019

NEM...


Nem tanto sente o vento
O balouçar dos galhos azougados,
Espirra força para todos os lados
E, perante as sombras, é unguento.
Nem sempre percebe a brisa
Que é néctar sobre os orvalhos,
Sopra, amiúde, verdores imaginários
Sobre os campos onde o amor se eterniza.
Nem se nota que a tempestade chora
Diante dum tempo que esquece as horas
Embalsamadas nas vitrines da atmosfera.
Nem se vê nas angústias, o idílio...
É a agonia que produz o sêmen do lírio
Que se espalha, que se sente, que se espera!
DE Ivan de Oliveira Melo

sexta-feira, 26 de julho de 2019

CONSPIRAÇÃO




O mundo cerceia meus passos...
Tombado pelo metafísico, desfaço
Os milagres que parecem escassos
Perante as alvenarias dos espaços
Onde a fé me lateja e eu me enlaço.

O universo corrói minha infinita dor
E me faz sonhar, sentir e decompor
O átomo que faz da vida um primor
A ser seguido aonde a astúcia for
A fim de que a utopia seja de amor.

O orbe me enjaula diante da fantasia
E tudo aquilo que antes eu consumia
Era o dogma de uma esperança tardia
Que me retalhou em profunda agonia!


DE  Ivan de Oliveira Melo  

  

sábado, 6 de julho de 2019

ASPIRAÇÕES





Gostaria de gangrenar os maus exemplos
Tornando-os receitas inusitadas do inferno
Que associam dos cafajestes, o hábito incerto
A vilipendiar bons costumes e experimentos.

Gostaria de incinerar todos os preconceitos
Que torturam do livre arbítrio, as escolhas...
É imprescindível o respeito a fim de repô-las
Dentre os anseios de liberdade e seus preceitos.

Gostaria de macular da hipocrisia, os engodos
Que nocauteiam a livre reflexão do pensamento,
Metamorfoseando o bem em quilos de esterco...

Gostaria de assassinar a covardia e que todos
Pudessem acariciar a sensibilidade como intento
De Direita e Esquerda num uníssono concerto!



DE  Ivan de Oliveira Melo