sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

CONJUGANDO O AMOR

Eu amo. Conheci do amor maravilhas.
Tu amas. Conheceste do amor as trilhas.
Ele ama. Conheceu do amor o regaço.
Nós amamos. Conhecemos do amor o abraço.
Vós amais. Conhecestes do amor sensações.
Eles amam. Conheceram do amor os corações.


DE Ivan de Oliveira Melo



quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

DENDÊ E BAUNILHA

Meus olhos hão de mui retratar
O verdor da paisagem silvestre…
Sou silvestre e o tempo me veste
Com a ferocidade das vagas do mar!

Minhas mãos hão de mui tocar
Nas selvagens matas das horas…
Sou selvagem e o vento me sopra
Com a bravura do indomável cocar!

Meu peito há deveras de sentir
As falcatruas que são souvenir
Dum sentimento que coça mentiras…

Enfim, meu corpo há de mui entender
Que o mundo é um sorvete de dendê
E que as pessoas têm gosto de baunilha!


DE Ivan de Oliveira Melo




terça-feira, 27 de dezembro de 2016

INQUIETUD

Mis ojos están tristes...Hay una humedad jugosa
Y en la cara las lágrimas descienden cómo lluvia,
Inundando mi perfil y ahogando los pensamientos
Que no saben nadar en las curvas de la soledad…

Estoy medio colgado… En la conciencia todo vago,
Nada para consolar la devastación de la vida soltera
Que duerme señera, despierta señera, y vive sin nadie…
Solamente una congoja que porfia en ser la nostalgía.

El silencio dentro de mi meollo hace mucho ruido,
Un agobio que es acibar deja mi pecho muy adolorido
Y un intenso y latente frío consuma voluntad de vocear
Para que todos sepan que tristeza es la ausencia de fe…

Inciertos son los caminos del mañana… Sin callejónes
Las calles se quedan sin salidas y volver en lo tiempo
Es entregar al insipido las aflicciónes de la vida estéril
Y esperar en la muerte una solución que es gran duda.

Importantes son los vínculos contractos con la existencia...
Los adicciónes deben ser cambiados entre dolores y amores,
Pues vivir el hoy es una circunstancia fundamental, urgente,
Porque las horas del porvenir son incógnitas y analfabetas!




DE Ivan de Oliveira Melo          

segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

CHARGES

A lua é o alfaiate das noites sentimentais…

O sol, a linha que costura os adereços
Das vestes que cobrem a nudez das horas

E os dias, máquinas que dão relevo às fantasias
Que embelezam de formosura todo o tempo
Donde se produzem os mais belos sentimentos.

A chuva é o néctar que sacia das estrelas
O ensejo de ser a noite dos talentosos esponsais
Em que as melodias são vitrines da sofreguidão
Que perambula pelas madrugadas dos amantes.

As nuvens são as paredes de um silêncio
Que brota raízes nas alamedas dum cimento
Para a edificação das mais nobres e sutis afeições
Dos pares enfeitiçados pelas alegorias do amor
Que traçam a virtude do ser e do não ser gente!



DE Ivan de Oliveira Melo


domingo, 25 de dezembro de 2016

SENTIMIENTO ECOLÓGICO

Los colores de la primavera son diversificados,
Las flores cambian de ropa y decoran la naturaleza
Que siente el soplido de los vientos y tiritan suave…
Las hojas que caen en lo suelo viajan al regusto
De las brisas y dejan profundas marcas en los campos.

Así es también el sentimiento: hay muchos colores,
Ciertamente un color para cada tipo de sensación,
Pero el amor puede ser blanco, azul, rojo y muy verde…
Eso depende de la emoción que se queda incorporada
En lo vientre que ama y desea lo hondo del sublime…

Amor y naturaleza están siempre juntos y apasionados…
Fue el amor que hizo el ambiente natural y todo lo más,
Conque cualquier otro sentir tiene la noción de la pureza,
A partir del abstracto al concreto todo es materia y energía!



DE Ivan de Oliveira Melo









CRONOLOGIA

Eu também nasci…
Todos nasceram um dia
E, certamente, haveremos de morrer.

Só que somos comuns,
Pecadores, melhor dizendo.
Nosso berço não foi manjedoura
Nem recebemos visitas de Reis Magos.

Mas nascemos.
Muitos vivem muitos anos,
Outros morrem cedo,
Mal chegam à vida e partem.

Não somos profetas
Nem realizamos milagres,
Apenas o milagre de estarmos vivos
Apesar das inconstâncias,
Da violência,
Das doenças incuráveis...

Não somos majestades
Nem muito menos imperadores.
Somos réus da existência,
Vítimas da hipocrisia,
Debutantes do orgulho
E príncipes da ambição.

Não somos santos
Nem temos seguidores…
Somos carne e osso,
Humanos falíveis,
Governantes inescrupulosos,
Somos o povo das injustiças.

Não somos o tempo
Nem horizontes do dia…
Somos madrugada,
Chuva que constrói
E que falta,
Sol que alimenta
E que tosta, sem piedade…

Somos menestréis das horas,
Vagabundos do ócio,
Inimigos do trabalho,
Usurpadores do que é público
Somos sede e fome,
Mais mentiras do que verdades,
Somos adornos de charlatães.

Somos sonhos,
Somos ilusão…
Somos pensantes,
Porém nosso raciocínio
Corrompe-se de falsas esperanças…

Enfim, nascemos, sem manjedouras.
Morremos carregando nossas cruzes
E adormecemos sem sabermos
O que será do amanhã…
Ora, amanhã será apenas
Mais um dia, nada mais,
Porque o que no hoje se pinta
É a rotina que nos consome
Mudos e cegos
E nós passamos,
E a vida segue sem renovação,
Pelo contrário,
Destruindo-se a cada segundo.
Este é o ser humano!



De Ivan de Oliveira Melo







sábado, 24 de dezembro de 2016

ENTRE ISTO E AQUILO

Entre o ir e o vir das coisas tantas
O mundo se avexa, tudo é conflito…
Perspectivas são mechas dum todo contrito
E a sabedoria apaga das iniquidades, as manchas.

Entre o ser e o não ser nada é constante,
Válvulas se queimam por contínuo desgaste
Que pira dos raciocínios o domínio escarlate
Enquanto no meio do caminho fina-se o barbante.

Entre o calar e o falar existem discórdias
Que se atracam e persistem em histórias
Donde se obtém riscos que são alotropias…

Entre o choro e o riso que são confrades
Há extremos dissolúveis que estão destarte
Úmidos ou secos a depender do que se fantasia!



DE Ivan de Oliveira Melo



quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

CARÁCTER

La mesura de una persona está en su carácter…

Muchos son los problemas que alcanzan éxitos
De acuerdo con las relaciones entre indivíduos

Que buscan llevar de la vida el bien y el trabajo,
No obstante haber situaciones que son contrarias,
Pues el hombre hubo ido criado para amar y donar

Su corazón para todas las criaturas del universo…
El amor hace porción de la concordia y de la paz,
Por tanto son esdrújulas la violencia y la guerra
Como también la exploración infantil en lo labor...

Las personalidades son formadas muy temprano
Y los niños llegan en la adolescencia moldeando
El carácter… Cuando vislumbran la fase adulta,
Los están listos para vivir… Entonces todos serán
Aquello que aprendieron al largo de la existencia!



DE Ivan de Oliveira Melo




CHOCHO

Yo soy un chico muy chocho...

No tengo pelos blancos, aún...
Blancos son mis pensamientos

Y negras son las cosas de la vida
Que siendo nuevas o tan viejas
Parecen arcaicas en lo cotidiano.

Yo soy un chico, pero soy viejo,
Pues en la actualidad está muerta
La fuerza de luchar por algo mejor
Y el mundo desmedra en un agujero.

No hay salida... Las puertas cerradas,
Las ventanas podridas, el camino sucio...
La sonrisa está triste, la tristeza graceja...
Los vientos no cambian, sólo las personas
Volven las palabras como trocan de ropas...


DE Ivan de Oliveira Melo




terça-feira, 20 de dezembro de 2016

INVERNO

É inverno em minha mente.
Meu solo, que estava árido,
Agora espuma de fecundidade
E os arbustos começam a esverdear…
Longo período de chuvas se avizinha
E uma fartura de palavras
Promete ser meu banquete.

Diviso meus campos floridos
E uma imensa paisagem se descortina…
Minhas florestas se renovam
E o doce gorjeio dos pássaros
Anuncia um tempo frio…
Preciso amparar-me de cobertas
E deixar que os dentes tilintem, alegres…

Que manjar indescritível!
Um sol tímido tenta surgir de repente,
Mas logo se esconde pelo gotejar de chuviscos
E o dia esmaece dentre nuvens pesadas
Onde relâmpagos riscam os céus
Enquanto trovões afoitos ribombam
Prevaricando medo e tertúlias!

A noite desponta no horizonte…
Observo perante a encardida janela
A escuridão alucinante, um silêncio soturno…
Madrugada. Escuto do relógio na parede suja
Um eco de calmaria que abate as horas
Diante das trevas imorredouras…
Apenas meu coração borra o deserto!



DE Ivan de Oliveira Melo







segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

MEUS MEDOS

Meu medo é de não saber quem sou…
Mistérios e enigmas rondam em mim
E eu não sei por que sou assim, assim…
Diante de uma solidão que me edificou!

Meu medo é descobrir-me minha razão
E jogar ao relento os retalhos do ourives
Que me enfeita o íntimo e diz que vive
Na conjectura dourada de minha emoção!

O medo que me lapida faz de mim punhal
E logo se percebe que não existe nada igual
Ao que me desenha um âmago dócil e fera,,,

Esse medo é rotativo, translativo e semente
Que me rega dia e noite como entorpecente
Que me faz brindar o alfa e que me dilacera!




DE Ivan de Oliveira Melo

domingo, 18 de dezembro de 2016

PONTOS CARDEAIS

Talvez eu seja o norte dum equador subalterno
Que traça suas linhas meio finitas do atlas
Onde todos os sentimentos pareçam os cardeais
De todos os pontos equidistantes da realidade.

É possível que seja eu apenas um sul desorientado,
Sem os meridianos adjacentes de uma loucura frenética,
Porém coadjuvante dos anseios secretos dum mundo
Donde se buscam rédeas da sobrevivência de leste a oeste.

Quiça esteja eu pululando pelas veredas onde os albergues
Possam hospedar as consciências que maturam a priori
Sobre os latifúndios mentais das sociedades não higienizadas…

Porventura posso eu me enquadrar nos sítios das mentes?
Não! Há dentro de nós chácaras onde o mato não é cuidado
E, assim, venenos de cobras e escorpiões dizimam as ideias!





DE Ivan de Oliveira Melo  

sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

INCÓGITA

O homem que dilacera sua alma é sombra,
Penumbra de cujo vulto a morte se aproxima,
É anônimo coadjuvante, recebedor da propina
Que o faz ausente; cidadão que vive em coma.

A razão humana é nômade, fértil, inconsistente,
Contudo são sonhos apenas que veem milagres,
Pois vida é destino que soma os objetivos acres
De quem respira e não vive, somente é recipiente.

No pensamento habita uma visão muito atrofiada
Das esferas que rodeiam a mais solitária estrada
Donde há espinhos que ferem as carnes da solidão…

O tempo é ermo, pois sufocado está em si mesmo,
Então precoce é o homem de cuja alma é o termo
Que diz: criança não é adulto, mas vive no ancião!




DE Ivan de Oliveira Melo         

terça-feira, 13 de dezembro de 2016

SENTENÇA

Bebei da lágrima que lubrifica vosso olhar,
Não deixeis que ela role pelo asfalto úmido,
Ela pode resfriar-se e vossas pálpebras secarão
Perante as turbinas sem hélices do avião sem asas.

Tende todos os cuidados para não adoecerdes,
Sede paciente com vossas limitações e buscai
No santuário das alquimias humanas o antídoto
Que rejuvenesce as preocupações sanatórias das horas..

Lançai vossas mãos para o alto esperai da estrela-guia
O brilho que será o advento das novas e suaves alegrias,
Porque na relva do mundo a seca definhou todo o verde
E nem a chuva trará de volta o orvalho que adormecera.

Resisti aos impulsos da covardia que impera no orbe,
Pois a desconfiança não saneou a pureza que cai lépida
E todas as convenções humanas estão sinuosas diante
Das almofadas que acariciam as cacholas mal dormidas.

Vivei essencialmente à espera da redenção que chegará
Inescrupulosamente e sem consultar os anfitriões da lei,
Porquanto a beleza obtemperou a razão e lhe deu liberdade
Para aconchegar-se aos desígnios infinitos da saudade…

Pensai em quanto tempo as lamparinas ficarão ainda acesas
Visto que o céu estará escuro e dias e noites serão um só!




DE Ivan de Oliveira Melo  

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

PARA SEMPRE

Meu corpo, de desejar-te, tombou,
Meus braços, de tocar-te, empalideceram,
Nada em tudo se converte em amor
Até que na madrugada, de saudade envelheceram.

Minhas pernas, de seguir-te, cambalearam,
Minha essência, de sentir-te, desmaiou,
Assim dizem que os prazeres desfilaram
Sobre as passarelas onde trancafiaram a dor.

Meus sonhos, de imaginar-te, enlouqueceram,
Minha vida, de doar-te, serenamente adormeceu
Sobre os retalhos da púrpura onde o sangue escorreu…

Meus olhos, de fitar-te, afinal compreenderam
Que as notalgias tranquilamente rejuvenesceram
Diante dum ébrio sentimento que jamais pereceu!


DE Ivan de Oliveira Melo


domingo, 11 de dezembro de 2016

CONSCIÊNCIA

Levo sempre comigo o raciocínio
E o permito trabalhar sem conduta,
Nada intervenho e nada se disputa,
Por isso o persigo em seu vaticínio.

A mente, doce relva do meu pensar
E me levo aos esponsais das estrelas
Que, seduzidas, deixam-me retê-las
A fim de que cá possamos confabular.

São os pensamentos que dão o acorde
Das notas que trotam dignas conforme
O estribilho maneje suave as palavras…

Abundante equilíbrio torna o cerebelo
A confluência do conteúdo que modelo
Sem deixar rastros encefálicos e larvas!




DE Ivan de Oliveira Melo

PERGAMINHOS

Nos pergaminhos da consciência retrato minha história…

Minha mente é um DVD de fatos e episódios pretéritos
E, em minha tela íntima, eu os assisto confortavelmente.

Outrora perambulei por oníricas estradas da vida urdida
E trouxe à tiracolo experiências que me lecionaram viver,
Não obstante carregar o peso das encomendas do tempo.

Com o passar dos anos, intensos fardos foram lapidação
Para uma personalidade que soube moldar-se ao caráter
Que apreendeu e aprendeu os ditames dum viver caótico,
Entretanto calibrado mediante inesquecíveis recordações.

O espaço é temporal, porém são atemporais as lembranças
Secretas e públicas do indivíduo da carne que o osso uniu
E que segrega do hoje lições que são mártires e exemplos
Para as gerações que se iniciam pelas veredas da existência.
Espinhos e abrolhos confundem, mas dão as retas do bem!




DE Ivan de Oliveira Melo          

sábado, 10 de dezembro de 2016

EXACERBAÇÃO

O que é da vida: um tribunal?
Das ideias um ritual confronto?
Talvez um esteriótipo bacanal
Ou um enredo sem contraponto?

O que é do viver: um romance?
Dos instantes mescla de hábitos?
Talvez uma estrada de elegantes
Ou um sarcófago com larápios?

O que é da existência: paradoxos?
Dos sentimentos, elos ortodoxos?
Ou uma vila permeada de nuances?

O que é do respirar: regalo divino?
De cada momento, sinagoga e hinos?
Ah! De tudo isso, excessos petulantes!




DE Ivan de Oliveira Melo

LA PALABRA

La palabra tiene un poder estrambólico,
Pues ella transforma esdrújulas situaciones
Y congrega en vapor danosas emociones
Para que el bien sea “strep-tease” católico.

La palabra confecciona el abecedario del amor,
Singla la extensión de cualquier sentimiento,
Trae el antídoto que sana el agujón del momento
Y cuida de los ciclones que difunden el dolor.

La palabra llora cuándo delante de malos episodios
Lo hombre olvida la agua santa y bebe sólo el sodio
Que sala los buenos primórdios de la fina educación…

La palabra mancha y colore efectos y defectos,
Por eso es sensato dejar que ella gobierne los pechos,
Pues la palabra es el oratorio que acaricia el corazón!




DE Ivan de Oliveira Melo   

sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

HIPÓTESIS

La presión oscilaba de forma frenética
Y los músculos lloraban deseando luchar
Contra las fuerzas extrañas de ultramar
Que llegaban tontas y sin cualquier ética.

Era la sangre que vomitaba sus congojas
Sobre un escenario dónde había las gentes
Ya baldadas de desearen morir de repente
Mientras el sudor del cuerpo era estopas…

En los vientres de las alegorías no venía
Paquete de sentimientos que amordazaban
La tiesura de los regustos que amenazaban
Arruinar el amor recóndito de las alquimias.

Entonces el miedo cedió su escaño roñoso
Y el coraje ha rugido bravo y muy tanicoso!




DE Ivan de Oliveira Melo      

quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

RACIONALISSIMAMENTE

Meu pensamento veleja sobre as marés da vida,
As ideias mergulham alhures num vácuo incolor
Donde as reflexões que são nautas do esplendor
Cobiçam abranger as altitudes da arena expedita.

Navegar e mergulhar sob auspícios de teares luz,
Porque na vida mambembe há operetas e feitiços
Que tornam os pensares apócrifos mui movediços
Perante consciências que deserdam o que seduz...

Raciocínios naufragam sobre as ondas assassinas
Que hibernam o matutar das ideias vivas, vitalinas,
Mas o bastante inteligentes para alimentar a razão…

Sobre vagas homicidas que dilapidam o oxigênio,
É mister combater vicissitudes com ares do gênio
Que reside no sótão intelectual do mancebo coração!




DE Ivan de Oliveira Melo       

quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

LA MARIPOSA

Soy la mariposa negra que posó en tus pies…

De pronto un asombro lanzó tu cabeza de lado
Y tu cuerpo hubo quedado asustado y gritó

llamando mi nombre sobre la alfombra sucia…
El eco de tu voz despertó el alma que ensoñaba
Con lo encanto del Paraíso dónde no había muerte…

Pero tú estabas en la vida y tu ensueño fue ilusión…
Acá en la tierra todos los individuos viven en el infierno,
La verdad ahora es mentira y la mentira solamente fantasía,
Una fantasía cuyos retazos son la fiebre que golpea el tiempo…

Soy tu mariposa negra… La paz es luto. El día es noche…
El hombre hubo contaminado la naturaleza con su ingratitud
Y el blanco se quedó borroso sin luz y sin caminos libres.
La liberdad es una cárcel emocional y la palabra murió herida…
Soy tu mariposa negra y tú vas hollar en mis alas rompidas!




DE Ivan de Oliveira Melo   

terça-feira, 6 de dezembro de 2016

ALTERNATIVOS

Ora o mar é verde, ora tão azul!
Nuvens brancas, ora cinzentas
Cobrem a imensidão e acalenta
Tudo o que é norte, idem, o sul.

Ora o vento sopra forte, ora para
E o calor se agiganta no espaço,
O frio some, torna-se mui escasso
E as brisas têm um odor de opala!

Ora chove, ora faz sol escaldante,
Sabe-se que o depois não é o antes
E a vida segue célere em seu rumo.

Ora é dia, ora é noite… madrugada!
O silêncio acompanha a caminhada
Ora reta, ora sinuosa… viver é tudo!




DE Ivan de Oliveira Melo

domingo, 4 de dezembro de 2016

OGIVAS TRANSCENDENTAIS

Eu me vejo tocado por uma escuridão incomensurável
Donde posso sentir em meu íntimo ideais tão negros
Que pensamentos desbotados ululam meu raciocínio…
Há intensas labaredas que me devoram de dentro para fora
Enquanto de fora para dentro nada mais resta que o respirar.

Sensações alucinógenas copulam no âmago já mestiço da dor
E me levam a um êxtase em que a penumbra intoxica a visão
E desejos insensatos inundam uma vontade carcomida de tédio…
Sinto-me desidratado por uma impaciência que se renova alhures,
Deixando-me plenamente caboclo perante a ausência do tudo.

Se o tudo está ausente, simplesmente o nada não existe, é ficção…
Então me concluo polissêmico e desnatural, desdoutrinado e vil
Diante de uma conjuntura de emoções apócrifas e redundantes
Sem a menor possibilidade na identificação de um elo salvador,
Apenas bisbilhotado pelos anelos usurpadores do que é razão.

As fantasias bailam num ritual macabro e funestos são objetivos
Que trucidam a imaginação, perpetuando em mim a inconsciência…
Sou um apanágio descrente da vida sorrateira que invade o social
E, numa solidão inaudível, sou um afluente bastardo de mim mesmo
Ao passo que em derredor uma derradeira ventania sopra ilusões…

Meu ego parece-me mulato… Viagens transcendentais me ocorrem
E me creio prisioneiro de estrelas cadentes que buscam o que é luz,
Todavia em mim só os destroços do que foi vida ainda rendem dízimo,
Pois é verdade que o senso nunca morre apesar de extensas sepulturas
Serem moradas enclausuradas de seres errantes mastigados pela morte…

Sopros de vendavais aconchegantes trazem alívio ao desespero intuitivo
Que ainda rola sobre as inverdades de um cotidiano insalubre e grotesco,
No entanto há válvulas anacrônicas e alegóricas que fantasiam a vida
Oferecendo tributo analógico às aspirações enfermas, não obstante vivas
Que não jazeram no éden demoníaco… As portas do céu seguem abertas!



DE Ivan de Oliveira Melo



LA INSPIRACIÓN

El día hubo amanecido muy… muy frío
Y la poesía en mí sentía un fuerte calor…
Yo hube pasado la noche hablando de amor,
Es que mía inspiración estaba en lo celo…

Había flores amarillas que venían del cielo
Y caían en mís pies tan vivas y olorosas
Que en mi corazón yo desiné muchas rosas
Para que el olfato recibiese el aroma del mundo.

Con el rocío de la mañana un energía profundo
Hubo dejado mi cuerpo listo para sólo amar
Y comprender que el amor es lo mismo siempre…

Al fin la inspiración había fecundado las palabras
Y flores de todas las tonalidades eran un gran mar
Dónde las olas nacían y morían así de repente…



DE Ivan de Oliveira Melo



sábado, 3 de dezembro de 2016

CONCEPÇÃO

Se a morte é um fim absoluto,
Tantas são as algemas da vida
E não tenho de pensar em luto,
Sequer numa gota de despedida!

Distante visão dum futuro obeso
Que se esconde em milícias senis...
Sobrevivo rapsódias, eu confesso,
Mas não sei se a existência é um bis!

Nas areias do viver respiro minutos
Sem o alarde do morrer para sempre...
A cada dia abro os olhos e, de repente,
Nova aurora me retrata febril e astuto!

Se na morte há um sonho congênito,
Possivelmente a vida não seja um mito!




DE  Ivan de Oliveira Melo

MUNDO OBSCENO ( poema crítico )

Muitas vezes a linguagem cede espaço ao pornô...

Pornografia e pornofonia têm aspectos distintos:
Grafia é o que se escreve; fonia, aquilo que se ouve.

Entre o que pronuncia e o que se escreve se enxertam
Realizações semânticas no mais das vezes de merda
E o idioma se perde em labirintos que não se postam,

Porque é o povo que escolhe um vernáculo meio bosta
E, assim, a língua se deteriora com tudo o que se imputa,
Como se ao falante respeito se devesse pelo filho da puta
Que engendra nocivamente vocábulos que não têm leste...

Trata-se de enfermidade sem cura, é uma verdadeira peste
Que se consorcia em ampla demanda e há quem ainda corra
Pelos mundos obscenos em busca da maldade desses porras,
Porquanto a palavra não embota tempero, seja norte ou sul
E quem mais se prejudica  é o pobre coitado que toma no cu!



DE Ivan de Oliveira Melo

  

sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

LEJOS

Yo siento en mi balcón y prendo mi puro,
Entonces yo planteo en la vida mui gitana
Que más parece una encrucijada de drama
Dónde las personas recorren de un estupro.

Estupro de las cosas que mueven el psíquico
Y dejan entreabriertas las ventanas del interior
Que entán confusas delante de todo que es dolor
Massacrados continuamente a través del empírico.

Del cobertizo yo veo en mi alma un mundo morboso
Y el humo que recorre mi cuerpo es tan perezoso
Que las lágrimas caen en lo suelo libres de miedo,,,

Mi boca abre y cierra… Yo grito mil veces mi nombre
Y entiendo imprevisto que mi nombre no es pronombre,
Pero un circuito de letras que duermen y despiertan lejos!




DE Ivan de Oliveira Melo

quinta-feira, 24 de novembro de 2016

PANTEÃO CÓSMICO

Desonram os ventos aos menestréis da natureza
E trapaceiam da virgindade deveras pequenina
Trilhas verdes dentro do mato que são uma sina
No alvorecer das nebulosas manhãs e da incerteza.

Ludibria o sol do cerrado e das vertentes campinas
Cinzentas nuvens carregadas de magistral perfume
Donde se percebe o alcorão que traz da vida o lume
E se espalha pelo verdor postiço de cruéis lamparinas.

Engana a lua dos amantes debaixo de finíssima chuva
Que ensopa dos canapés o átrio da restinga impura
Inundando de orvalho os capins de sutra ribanceira…

Letal retrato duma paisagem hostil e ainda apócrifa
Que faz das reminiscências enlevo de quem é apóstata
Perante astros cadentes e fugidios da abóbada feiticeira!




DE Ivan de Oliveira Melo

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

SINTONIA

Dizer que amo teu corpo desnudo
É tão sublime quanto a leve bruma
Que no espaço navega como pluma
E em teus lábios desvenda o veludo.

Sobre mechas dos cabelos doirados
Minhas mãos passeiam como cafuné,
Minhas pernas te cruzam na chaminé
E durmo em teus braços apaixonados.

Diante de tua boca há o elixir do amor
Que te acaricia e te faz sentir do sabor
A penumbra que envolve tesão e prata…

Enquanto o silêncio sussurra a agonia,
Teu corpo e o meu são adrede fantasia
Dum enlace que se banha em cascata!



DE Greed Taylor



Grande poeta. Meu amigo.

CONFIGURAÇÕES

Sempre mergulho num alfa biônico
E vislumbro sequelas de gamas senis,
Tampouco sincronizo betas, jazem bis
Na ômega aventura do meu biotômico.

Dentre valores algébricos há gangorras
Donde se destacam as alvíssaras do Pi
Que se depura diante do tudo o que vi
Renascendo sinuoso livre de masmorras.

Delta é um espaço deveras matemático
E em suas funções deito o anátema fático
Que dialoga números e expressões vitais...

No teta apêndice configuro meus sonhos
E perante as altas potências componho
Um glossário onde ratificarei meus anais!



DE  Ivan de Oliveira Melo


terça-feira, 22 de novembro de 2016

NEGATIVOS

Não é somente a alma que chora e se angustia,
É também o coração fragmentado em pedaços
Que clama do amor a audiência sem intervalos
A fim de que a paixão não embote a dor fugidia.

Não são apenas lembranças que são fotografias,
São igualmente os espelhos que desenham faces
E deixam nas cicatrizes do tempo marcas e lacres
Para que nos olhares sem solidão haja melancolia.

Não é só saudade que tinge de carinho a ausência,
Mas dum tênue sentimento de casta jurisprudência
Que acaricia a emoção e produz sensação de ardor…

Não é a solidão um convite donde se abstrai energia,
Todavia a emancipação dum tesão que não é alegoria
E, sim, um reflexo de arte em que o conteúdo é amor!



DE Ivan de Oliveira Melo   

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

NÃO E SIM

O silêncio é a audácia de uma reflexão…

Perante situações anacrônicas o eu padece
Dum niilismo crônico e vincula ao estresse

Um vazio obsoleto e profundamente deserto
Donde o que sobra é eco da insensibilidade
Já manifestada diante dos precipícios do não…

A alma se agita e grita num tom angustiante,
Buscando as respostas que satisfaçam o juízo
Que atropela os mecanismos do saber contrito
Consumado pelos desvarios de seres amantes.

No solo das imperfeições tudo é possibilidade...
O que se vê e o que se sente é o desequilíbrio
Pontiagudo dos lados do raciocínio ilógico
Que atua nas manifestações que são trampolim
Donde o que veementemente se espera é o sim!



DE Ivan de Oliveira Melo


domingo, 20 de novembro de 2016

DERRAME DO ÂMAGO

Minhas ideias andam alcoolizadas,
Trituradas pelo metanol da mente
Que rebola dente labirintos e sente
O ébrio mascar das falsas alvoradas.

Meu raciocínio é de etnia amarelada
Donde se obtém uma raça mitológica,
Nada se consuma perante uma lógica
Que inverte valores e jamais se dilata.

Eis-me preso a uma fatalidade de mim
Que navega na inconsciência sem fim
Dum cérebro cujo leme parece droga...

Consciência aborígene que me é farrapo
Duma vida sem ritual, ferida esparadrapo
Que nada cola nem protege e se afoga!



DE Ivan de Oliveira Melo 

HELP US!

TEXT


HELP US!


                                                                                                       By  Ivan de Oliveira Melo

          Two ancient friends arrived in an old restaurant on the road. Both were hungry and tired. They want to eat something. The restaurant was empty that hour but there is a good waiter to serve them.
- Please, waiter!
- Can I help you?
- Yes. What do you have to eat here?
- Well, it’s too late but I think that I can offer some food for you.
- Okay. I prefer vegetables and my friend wants a sandwich with cheese and ham. Is it possible?
- Naturally, Sir. What kind of vegetables do you prefer?
- Cooked onions, tomatoes, sweet potatoes and so one.
- It’s very difficult to find cooked onions, then I am going to try.
- To drink we would like brandy and iced soft-drinks.
- Ah! You are smart. Time is very cold and a good brandy it’s marvelous to warm the body.
- Perfect. We are waiting, please.

Some minutes later.

- I’m sorry but the boss said that the restaurant is closed. It’s two A.M.
- Oh! Don’t say that! Help us! A long journey waits our feet and we need to full our stomachs.
Please, waiter!
- Well, here there is no food more. I live near here  and if you want I can serve you in my home.
- Good! By the way, are there two beds for our rest?
- I don’t know. I’ll call to my wife and I’ll ask her.
- Excellent! Do this for us!

After fifteen long minutes.

- You’re bad luck. Unhappy my wife told me that other beds are broken...
- Dear me! Help us, please!
- Okay. I had an idea. In the end of the yard we have a chicken place. Would you like to sleep with them?
- My idea is better than yours. You and your wife give us your bed and you are going to sleep in the chicken yard...
- Go to a hell!!!


THE END

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

EDÉN INFECCIOSO

Hede la conciencia que practica el mal,
Es la basura que no cabe en los patios del mundo…
Aquel que huye del bien es un asaltante inmundo,
Vida apócrifo de laia tacaña y carácter anormal.

Escandálo que brota sobre la tierra sin escrúpulos,
Ahogando en la penumbra deseos gratificantes…
Ayer y hoy las cosas parecen tan finas y pedantes
Que en el porvenir, mañana, nada puede ser estúpido.

Los vientos no hedén… El tiempo tiene regusto hueco,
Entonces el polvo de los cantónes rebozan los despiertos
Y en la respiración del bueno sólo hay lo que es sueño…

Las fantasías llenaron las bolsas que guardan el bello,
Restan solamente las limosnas y todo que es afrecho
En un universo dónde vivir es saudable y estupendo!





DE Ivan de Oliveira Melo   

domingo, 2 de outubro de 2016

NATURALISMO

Eis a dosagem de um naturalismo poético…

A Sociologia é um dos apêndices deste mistério,
Todavia se deve ter cuidado com tons e critérios,

Pois a Psicologia analisa debalde todas as nuances
E enfoca os dissabores íntimos em busca de soluções…
Embriões patológicos são a alma do escritor naturalista!

Sem dúvida tem-se uma tela duma sobrevivência material,
Sendo a criatura humana um produto meramente biológico
Em que os instintos se destacam com ênfase animalesca
Tornando o homem um mero brinquedo nas mãos do destino.

Livre-arbítrio é algo inexistente neste espectro de vida…
O ser humano é uma máquina dirigida por leis físicas e químicas…
A hereditariedade e o meio ambiente governam suas ações,
Por isso está sempre à mercê de forças incontroláveis e apenas
A Ciência detém a chave e o compromisso de compreendê-lo…



DE Ivan de Oliveira Melo








quarta-feira, 28 de setembro de 2016

INTERCAMBIO

Me edicto al público que me lee…

Confidencias de intercambio con los lectores, siempre!
Mientras escribo, me efusiones deliberadamente

Y todos se declaran a mí con sus lecturas

Es que mis palabras mueven fondo sus íntimos
Y la reflexión es la tónica de un efecto subordinado.


No hay cómo ocultar felicidad o puntos de mácula,
Todo viene a la luz de una manera sorprendente.
De hecho, es una psicología medio loca y eficaz,
Pues pacientes y doctores se mezclan en este intercambio.


El veredicto está dado por la conciencia que acoge
Los miasmas que no escapan a la consulta…
El mundo interior renueva la flora mental
Y episodios de equilibrio son verdades adyacentes.
Exclusivismo es hipocresia. Poetas y lectores son así…



DE  Ivan de Oliveira Melo 
      

terça-feira, 27 de setembro de 2016

FICCIÓN

La vida presenta dos lados: el bien y el mal,
No obstante el hombre elabora sus caminos
Y huye para un mundo desierto, muy ficticio
Donde todo es pobre y nada tiene de natural.

Convivir con las alegorias no es considerarse
Humano… nomás el instinto no razona: nulo...
Entonces se anula la existencia que, intemporal,
Enfría los ánimos que necesitan de convertirse.

Nada es temprano… todo ya es tarde, ralentado
Y el bien y el mal disputan atrozes los electos
Para tiempos después verificar todos los efectos
Que sus doctrinas lograron hacer en los pelados.

Así es la vida cotidiana… todo parece la ilusión
De tener el mundo en las manos… desnutrición!



DE Ivan de Oliveira Melo



domingo, 25 de setembro de 2016

TANTOS E TANTAS

Tantos sorrisos dentre tantos opróbrios
Que escalam os degraus da puberdade insana
E jogam sobre os réus relíquia que é lama
Na cadavérica adolescência de bastardos micróbios.

Tanta tristeza dentre tantos nefastos banquetes
Que amordaçam a infância de germes suicidas
E engordam a calvície de jovens com inseticidas
No torvelinho majestoso de idosos com seus cacoetes.

Tanta fartura e estômagos vazios… São escândalos
Que lentamente retratam a pieguice dos vândalos
A detonarem a liberdade oculta que é segredo…

Tantos olhares que leem páginas sujas em branco
A escreverem indecências e esconderem o pranto
Que rola sobre a face do justo que se tornou degredo!




DE Ivan de Oliveira Melo

ROMANCE

Novelar cada un tronzo de vida parece subestimar el tiempo
Que roza sobre las cabezas de las personas enfermas y tristes…
Es necesario hacer una dieta de malos periquetes y ingerir
La felicidad que ronda los pies y achuchar los sentimientos.

Escribir relatos de vida es sólo un preámbulo de la fortuna…
Cada individuo dibuja su viver mediante acciones desarrolladas
Y el destino será feliz o pocho de acuerdo con las horas sumadas…
Conque respirar el bien es traducir el amor de forma profunda.

Los vientos señalan los días ante el desposar de las noches frías
Mientras las conciencias curran en pensamientos las fantasías
Que moldean la sinceridad y transforman la mentira en verdad…

Aunque novelar sea una inspiración que teje la sensibilidad de amar,
Hay también el ejercicio que edifica el sistema de correctamente donar
Al cuerpo el aderezo cierto que imprime el dulce gesto de sensualidad!



DE Ivan de Oliveira Melo