terça-feira, 31 de março de 2020

ALMA DESNUDA




A alma despiu-se do corpo e singrou o espaço...

Trôpega, lambuzou-se nas nuvens químicas,
Repletas de substâncias extraídas da poluição.

Estava embriagada pela fosforescência do céu
E inconscientemente perdida dentre os astros
Que bebiam do álcool, o etílico aroma da solidão.

Circulou sem destino e, nômade, enxergou a Lua
Onde se deitou a fim de que seu brilho extirpasse
O nauseabundo odor que perpetrava na atmosfera
O suculento licor de uma vida mística e apoteótica.

Pondo-se de pé, entendeu que ainda cambaleava.
Deu alguns passos adiante e retrocedeu furiosa,
Pois imaginava ganhar do mundo a sua liberdade,
Entretanto em cada passo que dava se via tonta...
Percebeu que viver é uma cachaça de saudade!



DE  Ivan de Oliveira Melo  

segunda-feira, 30 de março de 2020

SUBJETIVISMO





Sou um tanto intimista.
Estudo-me conscientemente,
Contudo há facetas de mim
Que não compreendo, são meus mistérios.
Tenho um panorama íntimo enigmático,
Pois há doses de profunda timidez
As quais não consigo decifrá-las.
Sempre me ponho a refletir,
Porém minhas reflexões nunca têm fim,
Por isso, na maioria das vezes, abandono-as.
Logo recomeço um novo serial de indagações
Que me percorrem nas mesmas estradas,
Retas e curvas. Talvez seja meio oblíqua, não sei.
Meus pensamentos são átomos imperceptíveis,
Configuram-se por uma linguagem esferoide
Em que cada ponto tem seu começo, meio e fim.
Eu entendo que sou tripartida, todavia fragmentada
Pelas ilusões de uma existência introvertida,
Totalmente sem qualquer analogia com pessoas afins.
Não há psicologia que me decifre: minhas vontades
São reflexivas, isto é, de mim para mim mesma.
Nas linhas diagonais da vida não conheço as diretrizes,
Porquanto há ocasiões que são perpendiculares;
Noutras, paralelas. Meus ângulos parecem disformes:
Há atitudes retas, agudas e obtusas, sem conceitos fixos.
Em meu estuário de ideias frequentemente me perco,
Porque as ondas que flutuam sobre mim não têm formas,
Distorcem-se com facilidade e são frágeis...
Olho os fatos da vida sob diversos matizes:
O que gosto hoje, posso detestar amanhã,
Portanto amor é ódio formam um paradoxo,
São sentimentos que se misturam
Como se fossem um só.
Assim, não consigo ser feliz visto que posso estar
Triste nos minutos seguintes.
Sou um alguém que não nutre confiança:
Se não confio nem em mim mesma,
Como posso confiar em outros?
Enxergo-me numa bissetriz
Que parte do centro de uma circunferência
Sem um destino conhecido,
Decerto ainda à procura de uma identificação.
Não há nada que me decifre,
Não há ciência que me desvenda
Neste arsenal de dúvidas que forma
A complexidade de um viver social.
Sou um ser insocial, mas não sou ilha,
Posto que as adversidades me atraem
E, ao mesmo tempo, me sufocam.
Sou Terra, sou mitologia, sou lenda
E, concomitantemente, sou alguém
Dentro de um ninguém...
Cheguei à conclusão que sou abstrata!



DE  Ivan de Oliveira Melo

domingo, 29 de março de 2020

CIÚME


Eu não sei por onde anda meu louco ciúme,
Quiçá o tempo o tenha ferido e desbotado...
Decerto já não esteja assim tão enamorado,
Ou, ainda, de tão velho tenha virado estrume.
Já não sinto mais seu odor, estranho perfume
Que durante anos por mim foi mui apaixonado
E, muitas vezes, deixou-me no porto ancorado
A esperar que as horas travestissem meu lume.
Seja lá onde estiver, fique de mim bem longe,
Porque em minha vida foi átrio do meu nome
E não me permitia amar a quem eu escolhesse...
É possível que haja perecido na estrada da dor
Visto que era cego e sobrevivia a me contrapor
Diante de qualquer hemisfério do meu interesse!
DE Ivan de Oliveira Melo

quinta-feira, 26 de março de 2020

O PENSAMENTO






O pensamento vive desperto
Em constante vigília
Assim como as vagas
Que se partem nas pedras.
Se o pensamento dormir,
Dorme com ele
Em sono frenético.
O pensamento
É uma fortaleza inexpugnável,
Nada há que o destrua
Embora, às vezes, ele chore
Numa prova inequívoca
De que possui sensibilidade.

O pensamento é intensa vanguarda,
Sua energia é única, potencial,
E não abraça planícies ou planaltos.
Caso ele durma,
Dorme com ele,
Mas não se permita
Que a inconsciência boicote
A sua essência.
O pensamento é suave brisa
Capaz de entoar
As mais belas canções
Ainda que, para isso,
Dispense qualquer instrumento.



DE  Ivan de Oliveira Melo

terça-feira, 24 de março de 2020

VETORIAIS


Nos mares da ignorância, afoga-se o erudito...
A simplicidade é um vetor de intensidade rara
Que se orienta em direção constante da reta
Em cujos segmentos há uma velocidade única.
Os pontos de equilíbrio sugerem dum módulo
Controverso, as características do cunho escalar
Donde se obtém os cálculos dos planos físicos
Intermediados pelas referências motrizes reais
Que, acopladas à sua representatividade, têm
Em si a capacidade de abstração de teor infinito.
O orgulho é um ponto de vista intuitivo e virótico
Que é capaz de transmitir grandezas osculares
Transportadas por agentes infecciosos em ondas
Elétricas que têm magnitude e densidade curvas
Donde se tem a confecção neurótica da realidade.
DE Ivan de Oliveira Melo

segunda-feira, 23 de março de 2020

VIÇO






O viço da saudade é volúpia
Que arde o coração de amor,
O viço da solidão é o desejo
Que queima do prazer, o cio.

O viço do carinho é chamego
Que mexe e remexe no tesão
O assédio que cultiva no beijo
A sanha dum libido em brasa.

No viço do orgasmo a entrega
Clama do fogaréu que explode
A centelha que alicia a paixão.

O viço é a ternura que imprime
A sedução que diviniza o ardor
E deixa sobre os lençóis, cinza.


DE  Ivan de Oliveira Melo

DIA FESTIVO






Amanhece. Pelas ruas caminho,
Vagarosamente o Sol se agiganta
E no dia límpido de alegria tanta
Ouço dos pássaros o canto ribeirinho.

Num calor intenso de ponta a ponta
As nuvens abrem o céu de mansinho
E em sussurros de profundo carinho
Uma leve e suave brisa silva e canta.

Debaixo das sombras de imensos galhos
Paro e me delicio e felicidade espalho,
Porque a vida é simbiose de louvores...

Sigo a estrada afora como um cigano
Sem destino perante o tempo que amo
A tocar sinfonias para os meus amores!


DE  Ivan de Oliveira Melo

domingo, 22 de março de 2020

BILATERAL


Quem palmilhará o advento da Nova Era
Se o mundo se contorce em vírus aziago?
Quem respirará o suculento destino amargo
Se a morte nada mais é do que uma quimera?
Quem segredará a inconveniência do existir
Se a vida pede socorro perante tamanho mal?
Quem sobreviverá à enfermidade infinitesimal
Se a grande dúvida persiste: haverá o porvir?
Quem resistirá a esta hecatombe que destrói
Se o palco é imundo de pecado e sem herói?
Resta uma última esperança que é o coração...
Quem se alevantará para conduzir a uma cura
Um planeta que grassa em maquiavélica usura?
Única saída: aliciar o arrependimento e o perdão!
DE Ivan de Oliveira Melo

sábado, 21 de março de 2020

DURING THE SEASONS





During the Fall I see leaves on the ground...

In the Summer the Sun shines in the sky
And during the night the Moon sparkles shy…

In the Winter all seems wet: fields and cities.
The snow coppers the valleys and mountains
And the world discovers that the cold is ice.

In the Spring the flowers embellish the life
And the dreams become the reason to live…
Day after day the love builds the nice nests
Where the existence renews all the truths.

In the four seasons everybody cries and smiles,
Each one looks for a place to put the head
And the asleep arrives slowly without noise.
The true sense that someone can find in the life
It’s the happy breathe under the all questions.



BY Ivan de Oliveira Melo

SINTOMAS


Abro a janela e contemplo a paisagem,
No aroma do tempo as coisas me afligem,
Sinto no ar o odor duma pérfida fuligem
Que me traz estranha e ascética mensagem.
Como posso averiguar esse ponto de origem
Se tudo é percepção e não existe linguagem?
Estou diante de uma senil e excêntrica viagem
E, meus sentidos, tudo de mim veem e exigem...
Percebo no espaço os astros que, sós, regem
Uma metafísica onde tudo se sabe e elegem
Os relâmpagos e os trovões que me rugem...
Palavras que se perdem sem ética e bagagem
Numa atmosfera que não utiliza a embreagem
Que reduza os intensos efeitos que surgem!


DE Ivan de Oliveira Melo

VESTÍGIOS






A vida é um intenso e eficaz estágio
Em que não se vive qualquer privilégio,
Há indivíduos que praticam sortilégio
Enquanto outros sobrevivem do plágio.

Não é isso o que se aprende no colégio
E a rotina impõe um terrível contágio
Que leva o personagem a um naufrágio
Donde se profana a morte em sacrilégio.

Viver o bem é deveras grande prestígio
Em que se acumula riqueza e prodígio,
Pois na seara terrena não há subterfúgio.

Marca-se o tempo no eficiente relógio,
No dia a dia se concretiza do analógio
O espaço onde não se encontra refúgio!


DE  Ivan de Oliveira Melo

sexta-feira, 20 de março de 2020

PRINCÍPIOS




Conjura-se a indecência diante do povo
Que blasfema solidariedade de fantasia...
Passo a passo absorve-se uma histeria
E se permite que o social seja um corvo

Que devora amiúde os ideais de alquimia
Dos que buscam implementar tudo novo...
Subleva-se da ingratidão o que é estorvo,
Contudo nada é exemplo do que se havia.

Dissipa-se a exegese que tudo interpreta
E se traz para o quotidiano uma vil heresia
Malbaratada por vínculos que se atrofiam
Perante o tempo que fere como uma seta.

Desnudam-se das horas todos os abismos,
Pois minutos e segundos são adventismos!


DE Ivan de Oliveira Melo


quinta-feira, 19 de março de 2020

INSTANTES ÚLTIMOS






Logo o tempo desnudou as brisas,
As nuvens despiram os raios de Sol
E o dia, acanhado, parecia caracol
A respirar no solo das ideias concisas.

De repente, os pensamentos divisam
A morte que eclode diante do arrebol,
Meu eu se agita, sobe o meu colesterol,
Pois é um amor que parte sem ojerizas.

Oceano de lágrimas me lavam de dor!
Parte-se o liame que me fez decompor
A vida em retalhos de felicidade plena...

Corro em desespero, as horas acenam
Para que haja despedida entre ela e eu...
Beijo-a... E, em amplo beijo, ela morreu!


DE  Ivan de Oliveira Melo


segunda-feira, 16 de março de 2020

DÚVIDAS




Acho que já não presto para viver neste mundo,

Ou, talvez, este mundo não sirva em nada para mim,
Ou ainda, nós dois, juntos, eu o mundo, sejamos vazios...

Quiçá o Sol que ilumina a vida dos meus dias, sempre,
Não seja o mesmo Sol que me faz sonhar, às vezes,  
Ou, ainda, eu e este Sol, juntos, sejamos alegoria...

Decerto a Lua que me faz cintilar os olhos, à noite,
Não seja a mesma Lua dos meus arroubos sentimentais,
Ou, ainda, eu e esta Lua, juntos, sejamos utopia!
Na ousadia de sermos utópicos, somos transcendentais...

Provavelmente eu não caiba dentro do imenso universo.
Ou, ainda, este universo intenso não seja minha pátria,
E, por paridade, é este universo que não cabe em mim,
Pois sou átomo e sou metafísico, sou fogo e água, sou calor,
Sou frio e sou deserto e, ao mesmo tempo, sou multidão!



DE  Ivan de Oliveira Melo

sexta-feira, 13 de março de 2020

VÍRUS





Do pretérito ao presente o orbe se contagia
Aos poucos, por bactérias e vírus imundo,
Maculando a saúde do povo num submundo
Que é este universo perverso e de alegoria.

Gripe asiática, sarampo e o tear da varíola
Já se manifestaram e se tornaram uma tônica
Que juntamente com a vil peste bubônica
Granjearam mortes que mais parece historíola.

No pátio da modernidade há bastante estresse:
É H1N1, pneumonia e surtos de meningite
Que infeccionam e nocauteiam a verve sem limite
Da população que hoje sofre, mas acolá esquece.

Tudo isso é resposta que não vem de carona
Visto que as criaturas não plantam o que é genuíno,
Logo colhem do produto e não adianta cantar hino,
Porque o homem, anfitrião, trouxe para si o corona!

Nas passarelas da existência acontece o contágio
E o vírus, saliente, adentra sem nem pedir licença...
A vida está de luto diante desta pandemia intensa,
Que implode enfermidade para o futuro sem estágio!



DE  Ivan de Oliveira Melo

quarta-feira, 11 de março de 2020

VEREDAS ÍNTIMAS







Às vezes, meu pensamento tento compreendê-lo...
Em muitos estão os enigmas que são bastardos,
No entanto uso meus códigos para interpretá-los
No cume do raciocínio e isso tira o meu sossego.

Em linhas diagonais as palavras são conselhos
Que administram a mente sem poder diagramá-la,
Nas vestes do meu senso percebe-se uma opala
Em cujos sedosos fios meu eu dorme sem retê-los...

As reflexões pairam sobre os vértices de ampolas,
Então uso da inteligência para sutilmente repô-las
Pelos circuitos paralelos onde a consciência é vida.

Sob as luzes dos sonhos ocupo todos os espaços
E me desvendo reprimido sem conseguir detectá-los,
Pois a existência é simbiose e não posso persuadi-la!



DE  Ivan de Oliveira Melo

terça-feira, 10 de março de 2020

MUNDO CÃO




Eu não sei como uma flor anda,
Nem entendo como a Lua dorme,
Apenas percebo um Sol disforme
Quando a chuva molha as plantas.

Eu não sei como o vento descansa,
Nem compreendo um tempo torpe,
Somente observo no espaço o norte
Enquanto no sul chuvas são tantas.

Eu não conheço como o mar bravio
Deixa que as vagas provoquem frio
Durante as noites de muita ressaca.

Eu não sinto as palavras que surgem
Debaixo de um céu onde as nuvens
Desabam água neste mundo vira-lata!


DE  Ivan de Oliveira Melo


domingo, 8 de março de 2020

SONATA DE AMOR


                               



                             Em meu jardim pessoal,
                                 Ó príncipe que sou!
               Quiseste tu fazer morada à minha revelia
                       E meu corpo te dei em fantasia
                   A fim que pudesses exaurir de amor.
               Dentro de mim há um quartel do silêncio
      E donde o sentimento que explode não é nada ilusão,
               Mas fatias de uma ternura em carinho que alicia
      Qualquer sofreguidão em dons homeopáticos de meiguice.
                       Sou Sol e Mar, Lua que se apaixona,
                                  Ó príncipe que sou!
                 Perante o sabor das nuvens eis-me teu
                        A sussurrar em teus ouvidos
                 As doces palavras que me fazem fecundo,
                   Nauta na arte de amar e de transformar
        Teu mundo tão róseo e sedutor em ninhos de amor
             E, assim, poder navegar qual tenaz marinheiro
                            Que busca em mim e em ti
                  O senso não compulsório da entrega,
             Porém da extrema exaustão de ser somente
                          O teu tão sonhado e desejado
                                   Príncipe que sou!

O MUNDO


Se o mundo se condena
É porque sabe que em tudo mudou...
Assumiu a mentira, engavetou o amor
E tudo se espalha por sua infalível antena.
Se o mundo sofre, se o mundo chora,
É porque se transformou e aditivou o ódio...
Deu asas ao terrorismo, violência é o “podium”
Que se manifesta desde ontem, também agora!
Se o mundo sente fome e tem sede,
A culpa é do governante e do povo igualmente
Que se vende por migalhas e se torna indiferente...
Se o mundo cai e do universo se despede,
É a massa nuclear das mentes que o destroem
Na indecência, na corrupção, na falsidade...pseudo totem!
DE Ivan de Oliveira Melo

AUTOCÍDIO






No espelho de minh’alma, um deserto incontinenti...

Dunas fantasmagóricas de uma areia depravada
Que o vento sopra na densa atmosfera dum vazio

Onde o silêncio é a única voz que reina, solitária...
Na encosta das nuvens, um clamor ruge de sofreguidão
E, num céu atapetado de estrelas, a eloquência do exílio.

A melancolia é a artesã dos conflitos ignóbeis
Que dilacera o âmago enfermo diante das intempéries crônicas
Num desfile de imagens em que o “eu-mim” é a sinagoga
De um estuário onde as preces se perdem no astral metafísico.

Saudade é devassidão dum espírito inócuo e estéril!
Rasga-se da vida em busca do infinito sepulcro
Em que a existência, sem oásis, é o derradeiro pântano
Que resta sobre a mefítica esplanada dos covardes:
Indumentária malsã, impiedoso acinte ao desconhecido: o suicídio!



DE  Ivan de Oliveira Melo


sexta-feira, 6 de março de 2020

SAUDOSISMO






Espírito amado, por que me abandonaste?
Deixaste-me só, isolado e mui tristemente...
Que vou fazer agora neste mundo indiferente?
Solidão é minha estrada; a vida, meu contraste.

Cultivar uma saudade... Este é o meu destino!
Recordações lavam meu corpo e minha mente,
Então esta nostalgia invade-me para sempre
E minha consciência já não sabe o que imprimo.

Os dias que foram teus... Agora tão só vacância
E tudo em mim se perdeu, tornei-me intolerância
Para sobreviver neste orbe isento de tua arte...

Súplicas ao Divino endereço tresloucadamente,
Apenas Ele conhece o que meu coração sente
Sem poder ouvir-te, ver-te, ter-te... E beijar-te!


DE  Ivan de Oliveira Melo

quinta-feira, 5 de março de 2020

MAR DE TERRA




Velejo sobre uma terra firme
Onde há problemas urgentes,
A mente vasculha e imprime
Cada sensação que se sente.

É no mergulho que se define
Com exatidão quem é carente,
Navegar sobre a areia é crime,
Pois se afoga sem expediente.

As ondas da terra são ventos
Que sopram nas tempestades
E não sou eu aqui que invento
Fantasias que são irrealidades.

Nadar sobre obstáculos é vida,
Porque aqui se vive despedida!

DE Ivan de Oliveira Melo