quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Abstrações Utópicas







À  bordo  de  uma  canoa,  mar  revolto,  vomito...
Redemoinhos  rondam  a  embarcação  querendo  tragá-la,
O  oceano  parece-me  vestido  em  traja  de  gala
E,  no  horizonte,  longe  da  terra,  diviso  o  infinito...

Tempestades  assanham  as  vagas  do  mar  bravio
E  nas  procelas  deito  meu  pensamento  em  repouso,
Perigo  ululante  é  o  silêncio  desértico  que  ouço
Nos  confins  do  íntimo  onde  minha  alma  sente  arrepios...

Solidão  e  natureza  aquática  pululam  ao  meu  redor
E  em  minha  mente  choro  sinfonias  em    maior
Auscultando  os  ventos  que  levam  minhas  fantasias...

Atmosfera  fria  congela  meu  corpo  e  me  deixa  mudo,
Aves  marinhas  sobrevoam  o  ar  em  leves  sussurros
E  nas  ondas  frenéticas  mergulho  abstrações  de  utopias!

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Amor


O  amor  é  indefinível,  indecifrável  e  cria  raízes...

Várias  penas    tentaram  conceituar  o  amor:
Pensadores,  filósofos,  religiosos,  músicos,  poetas...

Ao  longo  da  História  cada  qual  com  sua  concepção
Tiveram  a  oportunidade  de  deitar  preceitos  e  fórmulas,
Mas  o  amor  sempre  se  renova...  Eis  o  enigma!

O  amor  é  como  a  morte:   Perfeitos  mistérios!
Existem  desde  os  primórdios  da  civilização
E  até  hoje  intrigam  cada  vez  mais  as  gerações,
Pois  não    explicação  plausível  para  o  que  é  etéreo!

O  tempo  corre  e  o  amor  é  tudo  o  que    se  pensou:
É  entrega,  confiança,  partilha,  solidariedade,  muito  mais...
Não    palavra  dentro  de  um  idioma  que  o  defina,
É  mais  fácil  afirmar  que  o  amor  não  é  propina
E  nada  que  contrarie  o  bem  e  as  coisas  naturais!


Riso e Choro



O  riso  e  o  choro  são  ingredientes  da  existência...

Os  dois  lados  são  parceiros  e  análogos,
Adotam  a  filosofia  do  emocionar...

O  riso paradoxalmente  pode  constituir  tristeza
E  o  choro  representar  um  contentamento  profundo
Diante  das  incertezas  que  governam  o  mundo...

Rir  e  chorar  podem  parecer  levianos
E  circulam  circunstâncias  imprevistas
Que  usualmente  não  estão  ao  alcance  da  vista
E  que  provocam o  cômico  e  os  desenganos...

Sofrer  sorrindo  é  estranho  e  meio  louco...
Brincar  chorando  é  transversalmente  esquisito,
Diante  dessas  aparências  nada  é  infinito
E  pode  transmutar  rápido  ou aos  poucos
Porque  na  antítese  da  vida  o  que  vale  são  os  anos...


( Poema  publicado  em  meu  livro SEARA  DE  RITMOS,
Paco  Editorial, Jundiaí,  São  Paulo, 2011,  1ª. edição )

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Um Certo Raimundo



Pernambuco  muito  se  orgulha
Deste  gigante  do  romance,
Talento  inquebrantável  de  longo  alcance
Donde  tento  apreender,  pelo  menos,  fagulhas...

Palavras  inoxidáveis  plantam  no  sertão
Personagens  inexoráveis  que  são  exemplos
De  vida  e  dos  mais  arraigados sentimentos
Que  eclodem  no  espaço-tempo  de  cada  coração.

Linguagem  pontificada  de  sensível  ecletismo
Donde  se  extrai  congêneres  de  um  malabarismo
Em  cuja  essência  se  traduz  a  magia  da  intelectualidade...

Em  sua  visão  de  mundo  a  arte  se  enobrece,
Carrero  é  dum  Raimundo  que  a  Salgueiro  enriquece
Através  da  argúcia  criativa  de  sua  sensibilidade!

domingo, 24 de novembro de 2013

Brincar de Médico

Trago até você
Uma das minhas reminiscências
Dum tempo das experiências
Que estão guardadas em meu dossiê.

Meu dossiê é minha memória
Que mesmo sugada pelos anos
Nunca cometeu gafe nem desenganos
E é um arquivo vivo de minha história.

Lembro-me de que era menino
E entre as meninas brincava de médico,
Vestia-me a caráter, era deveras ético
E minhas pacientes tratava-as com mimo.

Auscultava-as com emoção
Para que mordessem minha isca,
Tornava-me então exímio dermatologista
E já naquele tempo assanhava meu tesão.

A lindas nudezes eu assisti
Escondido dentro da velha garagem,
Meu critério infantil fazia triagem
E as garotas mais belas eram meu colibri.

Havia meninos que desejam consulta,
Mas eu me dizia especialista feminino,
Assim recebi ameaças dos pequeninos
E os consultava para manter-me na labuta.

Um dia, porém... Tudo deu errado,
Uma das mães desvendou-me o segredo,
Cortou pela raiz a linha daquela novelo
E ainda espalhou que era eu um tarado...

Meu pai ficou ciente das minhas aventuras
E me castigou apenas para dar satisfação,
Em casa me sorriu, chamou-me machão
E me disse estar feliz perante minha postura.

Hoje a saudade é o que me resta
Das longas horas em que fui médico,
Verdade que o tempo tudo torna patético
E agora curto a nostalgia dessa festa!

sábado, 23 de novembro de 2013

Morte



Sou  moleque  da  vida,  contrabandista  de  uma  voz
Que  não  fala,  mas  grita  no  papel  firme  e  forte
Contra  as  palavras  que  tatuam  o  destempero  da  morte
Que  é  um  círculo  vicioso  e  cigano  que  nos  deixa  a  sós.

Sei  que  tudo  é  finito,  no  caso  infinita  é  a  morte
Que  desdenha  de  minha  malandragem  tecendo  mistérios
E  faz  filas  perante  os  sepulcros  desbotados  dos  cemitérios
Que  vertem  lágrimas  que  são  o azedume  negro  do  seu  decote.

  é  a  filosofia  que  tenta  desbravar  este  degredo,
Pois,  semelhante  ao  coração  que  bate  é  vítima  do  segredo
Que  impõe  silêncio  nas  horas  descartáveis  desta  berlinda...

Sono  sem  sonhos  que  tortura  e  violenta  o  sorriso,
Que  traga  a  saudade  e  a  hospeda  num  albergue  de  improviso
Até  que  o  tempo  a  transforme  numa  solidão  de  cinzas!

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

O JURAMENTO - CAP. VII - EPÍLOGO

O JURAMENTO
CAPÍTULO VII
EPÍLOGO

VII

Eduardo, meses depois, precisou ir ao banco afim de resolver um longo financiamento que estava a fazer visando à compra de uma fazenda. Tudo certo, Eduardo agradeceu a gentileza do atendimento beijando respeitosa- mente as mãos da secretária da gerência, Srta. Norma.
- Obrigado por tudo, Srta. Norma. Gostaria que esse agradecimento fosse um pouco mais longo. Não aceitaria jantar em minha companhia esta noite, isto se não tiver compromisso?
- Oh, Dr. Eduardo! Claro que não tenho compromisso. Aceito sim, é uma honra...
E Eduardo e Norma saíram outras vezes, até que Eduardo propôs-lhe casamento...
- Não posso lhe dizer que a amo, Norma...No entanto, é uma bela moça, tem bons antecedentes, é educada, meiga, gosta de crianças... poderei vir a amá-la um dia, quem o sabe?
Norma estava feliz. Seus longos cabelos loiros, cacheados, faziam Eduardo lembrar um pouco Alice...
- Aceito seu pedido, Eduardo. Eu o amo e tudo farei para fazer você e sua família felizes. Não vou exigir que me ame tão cedo. Você tem sido uma cavalheiro, conheço bem sua história e vou respeitá-lo acima de tudo...
E um longo beijo selou para sempre esta união... sem juramentos!

FIM

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

O JURAMENTO - CAP. VI

O JURAMENTO
CAPÍTULO VI

VI

Alugou uma casa nos arredores da cidade, contratou uma babá eficiente e foi morar com os filhos. Dava, assim, um descanso aos pais, que durante longos meses, tomaram conta de suas crianças. Mas sua inesquecível Alice jamais lhe saíra da mente. Como a amara! Pena que ela houvesse sido tão teimosa. Caso tivesse lhe dado ouvidos, provavelmente ali estivesse a tomar conta dos filhos e ser a rainha do seu lar. Todavia, o “destino” escreveu certo por linhas tortas...
Estava um lindo domingo de sol. Eduardo brincava com as crianças na piscina, quando uma das empregadas veio anunciar uma visita.
- De quem se trata, Odete?
- De uma senhora muito bem vestida, ela diz ser mãe de Sra. Alice.
Eduardo não esperava por isto. Saiu imediatamente da piscina, vestiu-se e foi receber Dona Noêmia.
- Que prazer, Dona Noêmia. A que devo sua visita?
- Bom dia, Eduardo, Dr. Eduardo, como queira.
- Bom dia, sente-se.
- Você e Alice sempre foram muito próximos. Deixei o tempo passar, e só agora vim vê-lo. Preciso saber de algumas coisas, Eduardo.
- Esteja à vontade, Dona Noêmia, pergunte o que quiser...
Neste ínterim, Gorete, a caçula de Eduardo, vem correndo ao seu encontro...
- Papai, papai, não vem mais para piscina?
Dona Noêmia levou um susto... Estava sem compreender...
- Papai? Ela o chamou de papai? Ouvi bem? Como pode, se até bem pouco você era um padre?
- É uma longa história, Dona Noêmia. A senhora tem coração para suportar fortes emoções?
- Sim, tenho...
E Eduardo contou-lhe tudo, sem nada omitir. Dona Noêmia estava com os olhos marejados de lágrimas...
- Pois é, Dona Noêmia, estas quatro crianças são seus netos!
- Como minha filha foi intransigente, Eduardo! Poderia estar aqui agora e desfrutar desta felicidade! Que juramento mais bobo esse dela!
- Pois é, mas como eu a amava, nunca a deixei só, embora sair da vida religiosa já estivesse há muito tempo em meus planos. Só não entendo uma coisa, Dona Noêmia, por que ela jamais permitiu que a senhora e sua família soubessem da existência das crianças?
- Por uma questão de ética, Eduardo. Sinceramente, minha filha sabia que iríamos recriminá-la, mas isso logo passaria. Ela se sentiu envergonhada de nos contar, foi isso. Contudo, se eu não tenho vindo aqui hoje...
- Absolutamente, Dona Noêmia. Eu estava apenas dando um tempo. Certamente, eu iria procurá-los e os apresentaria a seus netos. Acredite, é sincero...
- Acredito, Eduardo, você sempre foi um menino decente...
Dona Noêmia, seu esposo e os demais membros da família tiveram livre acesso às crianças, que continuaram a viver felizes, ao lado do pai...

AMANHÃ O EPÍLOGO DESTA TRAMA, NÃO PERCAM!

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

O JURAMENTO - CAP. V

O JURAMENTO
CAPÍTULO V

V

Passaram nove meses sem se ver... Eduardo, muito atarefado com outras obrigações dadas pela Ordem, deixou provisoriamente de celebrar o ofício da 5 da manhã. Levantava cedo e saía, seu apostolado agora era diretamente com o povo. Esperto, aproveita-se para sempre visitar os filhos, que cresciam lindos e saudáveis.
Numa manhã de muita chuva, Eduardo não pôde sair e o oficiante estava doente. Eduardo, nesse dia, foi ministrar o ofício. Quando o viu, Alice respirou aliviada. Estava com saudades de Eduardo! Foi esperá-lo na sacristia...
- Olá, disse Eduardo. Bom dia!
- Olá. Queria vê-lo, tocá-lo... eu o amo!
- Sim, aqui estou. Já mudou de ideia? Casa-se comigo?
- Isso, não. Nunca mudarei de ideia...
- Então, vá embora e me deixe em paz...
- Espero por você em meus aposentos... esta noite!
Eduardo não resistiu à tentação e, pulando as grades dos jardins, logo es- tava ao lado de Alice...
-Não sei como consegue ser tão teimosa! Temos um futuro imenso à nossa frente, só depende de você, querida...
- Quero amar você aqui mesmo, isto para mim basta!
Não se viram mais, contudo quatro meses depois, na sacristia, após o ofício que Eduardo mais uma vez ministrara pela ausência do oficiante, que estava viajando, Alice o procura na sacristia.
- Já sei, Alice, nem precisa dizer: está grávida!
- Isso mesmo. Que vamos fazer desta vez?
- O mesmo das vezes anteriores, meu bem...
Novamente Alice sai de licença e segue para a casa de campo da família de Eduardo. Desta vez, entretanto, traz ao mundo uma linda menina, que recebe o nome de Gorete. Eduardo não cabia em si de
contentamento! Só que, ao retornar, Alice dava visíveis mostras de abatimento. Tentou camuflar, mas Eduardo percebeu. Dia após dia, Alice se mostrava cada vez mais fraca. Já não ia aos ofícios, e mal tinha forças para sair do leito para banhar-se e ir ao refeitório.
Um dia, por intermédio de um colega de batina, soube que Alice estava muito mal.
-Tem certeza de que é Alice, irmão Alfredo?
- Sim, irmão Eduardo, eu mesmo dei a extrema unção à freira. Ela não chega ao amanhecer.
De fato, às 4 horas da manhã, Alice entregava sua alma a Deus. Eduardo chorou barbaridade e sofreu muito. Partira o amor de sua vida, a mãe de seus filhos... e agora?
Dois meses depois, toma uma decisão: faz uma carta ao Superior da Ordem e pede desligamento da vida religiosa. Houve uma certa burocracia no atendimento, mas em menos de um mês estava oficialmente livre. Logo fez inscrição para um concurso público e o resultado, em poucos meses, foi altamente satisfatório : Eduardo tornar-se-ia juiz!

terça-feira, 19 de novembro de 2013

O JURAMENTO - CAP. IV

O JURAMENTO
CAPÍTULO IV

IV

Exatamente quatro meses depois daqueles acontecimentos, outra vez Alice procura Eduardo após o ofício da manhã, na sacristia.
- Dudu, é muito sério o que tenho para dizer-lhe, não pode ser aqui. Arranje uma desculpa e saia, eu o espero na floricultura a cinco quarteirões daqui.
E não deu oportunidade a Eduardo para qualquer resposta. Retirou-se. Eduardo ausentou-se com uma desculpa. Alice estava à sua espera no lugar combinado.
- O que tem assim de tão sério para dizer-me?
- Você não imagina, Dudu?
- Claro que não, não sou adivinho.
- Estou grávida, Eduardo, e estou desesperada!
Eduardo, pego de surpresa, ficou meio atônito. Nem raciocinou direito...
- O que foi que disse?
- Eu disse que estou grávida, que fazer agora?
- Isto é maravilhoso! Depois de tantos anos!
- Não brinque, você é o pai...
Finalmente Eduardo compreendeu do que se tratava e da seriedade do problema. Então, com calma, elaboraram um plano de ação. Neste plano, nem a Ordem, nem a família de Alice poderiam saber o que estava acontecendo.
- Entrarei em contato com meus pais, você passará o restante da gravidez em nossa casa de campo, onde tranquilamente trará nosso filho ao mundo. Depois, você retorna para a sua vida normal de religiosa.
- E seus pais concordarão com isso?
- Não tenho dúvidas e a eles deixaremos a incumbência de criar a criança. É tudo o que temos de fazer, Alice.
Tudo foi feito como combinado. Alice logo tratou de pedir uma licença em sua vida de religiosa, no que foi atendida. Alegou motivos de saúde e de que necessitava de ar puro para restabelecer-se. Meses depois, trazia um lindo garoto ao mundo, que se chamou Moisés. Três semanas após o parto, Alice estava de retorno à sua costumeira vida. Sempre que podia, Eduardo visitava o filho, era sua cara...
Certa madrugada, Eduardo saiu dos seus aposentos e foi dar um passeio pelos jardins da Ordem. Estava muito quente e ele estava a precisar de ar fresco. Coincidentemente, Alice fizera o mesmo, mas os portões estavam fechados e eles se descobriram e se falaram pela grade, quase sussurrando.
- Que faz por aqui a estas horas da noite, Eduardo?
- Certamente, o mesmo que você, Alice. O calor está insuportável e agora piorou, depois que vi você.
E tomou uma atitude intempestiva. Pulou as grades dos jardins e foi ter com Alice.
- Meus Deus! Eduardo, você é louco mesmo!
Novamente foram para os aposentos de Alice. Entregaram-se ao amor, nada mais podiam contrariar aquela paixão...
Eduardo acabara de celebrar o ofício. Alice o esperava na sacristia, estava nervosa.
- Você, por aqui?
- É. E como não há ninguém aqui, digo-o imediatamente: estou grávida outra vez.
- Não! Mas que sorte a sua!
- Que faremos, Dudu?
- O mesmo da outra vez, não há outra saída...
Mais uma vez Alice pede licença à Ordem e segue com destino à casa de campo da família de Eduardo. Meses depois, traz ao mundo dois lindos garotos: Isaac e Ismael. Gêmeos!
Na quarta semana após o parto, lá está de retorno à sua vida, agora já meio sem sentido. Tentava, de todas as maneiras despistar, levar uma vida de concentração, porém seu pensamento se encontrava em seus filhos. Por mera coincidência, foi chamada a fazer as compras da semana para a ala feminina, e quem ela encontra na supermercado: Eduardo!
- Matando o tempo, cavalheiro?
- É, matando o tempo... Que bom vê-la!
- Digo o mesmo.
- Venha, quero confidenciar-lhe meus projetos, isto inclui você. Sente aqui um pouco...
- Inclui a mim...por quê?
- Porque você é a mãe dos meus filhos e eu a amo, Alice!
- O que pretende fazer, Eduardo?
- Peço que não me atrapalhe, deixe-me falar até o fim.
- Está bem, prometo...
- Há algum tempo, com autorização dos meus superiores da Ordem, consegui estudar direito e tenho atualmente me dedicado em todas as minhas horas livres, a estudar, sempre me atualizando, pois pretendo fazer um concurso...
- Eduardo, você é um padre !
- Sim, por enquanto, sou. Pretendo pedir baixa de minha vida religiosa e dedicar-me aos meus filhos e a você... você também pediria baixa e nós nos casaríamos, afinal temos 3 filhos para criar. Temos tudo para sermos felizes, Alice.
- Não! Nunca! Jamais deixarei minha vida de freira, jamais! Cumprirei meu juramento até o final dos meus dias!
E, dizendo isso, retirou-se e desapareceu no meio da multidão...