Ivan Melo, poeta.

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Faces Múltiplas



Pode-se  ter  mais  de  uma  face  e  uma  só  palavra...

Em  sua  palavra  uniforme  cabem  faces  múltiplas,
Cada  uma  de  acordo  com  a  realidade  em  que  se  viva...

O  mundo  moderno  é  bastante  heterogêneo,
Os  conflitos  são  distintos  e  exigem  perspicácia
Do  indivíduo  para  solvê-los  de  forma  inteligente

Dentro  de  padrões  transparentes  que  contrariam
Muitas  das  vezes  a  comportamentos  anti-éticos
Veiculados  por  criaturas  apócrifas  que  fogem  do  épico
Para  edificarem  inverdades  que  causam  arrepios...

Quando  se  assiste  a  uma  comédia  o  riso  é  a  tônica,
Assim  como  dor  e  lágrimas  representam  tristeza  num  velório,
Seu  rosto  se  transforma  sem  máscara  em  cada  episódio,
Mas  o  ponto  de  vista  que  modela  seu  caráter  é  singular
E  sua  personalidade  navega  irrepreensível  pela  água  do  mar!
Postado por poetaivanmelo.blogspot.com.br às 04:28 Nenhum comentário:
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quinta-feira, 2 de maio de 2013

Pai e Filho

  • Pai e Filho

    RESENHA SACRA
    Ivan Melo 

    - Ando tão angustiado que vou fazer uma promessa aos deuses...
    - O quê? Aos deuses, pai?
    - Sim, André, aos deuses...
    - Mas, pai, Deus não é um só?
    - Meu filho, este Deus Único não me entende, não me atende...
    - Não diga isto! Você e mainha sempre me disseram que só havia um Deus... e agora com esta conversa...
    - André, a amargura que me domina... o tédio que venho tendo da vida... meu filho, já
    pedi tanto e este Deus Único... e nada!
    - Não é falta de fé, pai?
    - Não sei, filho, ando meio confuso...
    - Esses deuses a que você se refere são os da mitologia?
    - Sim, são eles mesmos!
    - Mas, pai, deuses que não existem, tudo criação humana, seres configurados em pedra... não, pai, eu não estou escutando isto... não estou!
    - Veja, filho, há o deus do mar, deus da guerra, deus do vinho, deus da beleza... há até deusas...
    - Na escola aprendi e aprendo que Deus é um só. Até os próprios gregos da Antiguidade reverenciavam a uma divindade desconhecida, Única e é o Deus que nos acostumamos a amar, a adorar...
    - Você não acha este Deus Único meio misterioso, filho? Nunca responde aos nossos anseios, às nossas dúvidas, ao nosso sofrimento... É um Deus mudo!
    - Não acho! Eu já tive e tenho várias provas sobre a existência Dele. Várias!
    - Como? Ele apareceu para você?
    - Não, pai, aparecer Ele jamais apareceu, porém já conversou comigo, já me respondeu a muitas interrogações...
    - Já? Você ouviu a voz Dele?
    - Pai, Ele já me respondeu pela boca de amigos, por sua boca, pela boca de mainha...
    - Não compreendo isto, filho. De que maneira Ele fez para responder-lhe?
    - Ora, pai, simples. Às vezes vou dormir cheio de dúvidas, de perguntas sobre as coisas da vida... perturbações! De repente, sem mais nem menos, chega alguém junto a mim e começa a dar-me as respostas de que preciso e quem as dá nem sabe do que se passa em meu íntimo. É Deus! Ele escuta nossas aflições e nos responde através do próximo. Já tive muitas respostas através de você, de mainha...
    - Sério?
    - Claro! Uma divindade de pedra , como os da mitologia, seres fantásticos, jamais me dariam tais soluções. Só um Deus que ouve, que conheça o coração humano pode fazer como ocorre comigo. Por isto, tenho fé, pai, muita fé em Deus!
    - Filho, eu tenho muitas atribulações e nunca ninguém, Deus nenhum, deu-me soluções, nunca falou comigo...
    - Engano seu. Neste momento, por exemplo, tenho certeza de que é Deus que através de mim conversa com você. Eu não saberia de onde tirar tanto conhecimento como estes que falei. Pense nisto! Até eu estou admirado comigo mesmo!
    - Santo Deus! É verdade! E você só tem 12 anos... Como não atinei para isto? Este tempo todo dialogando com uma criança e escutando tantas coisas belas... Como sou ingrato!
    _ Não, pai, você não é ingrato, você precisava de uma prova e Deus está dando, não é lindo isto?
    - Sim, meu filho... é muito lindo!

    E ambos choraram abraçados. Quando menos se espera, Deus está presente, Ele está sempre presente, nós é que somos céticos de olhos e ouvidos, por esta razão é que a humanidade se encontra mergulhada num mal que parece não ter fim... Mas este mal tem fim, sim, porque infinito só Ele, o Deus Único!
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Jogo de Dados



Na  vida  de  um  indivíduo  há  vários  ciclos...

Hoje  já  não  se  vive,  sobrevive-se  a  expectativas
Que  o  enleio  social  promove  entre  criaturas  ativas

Em  sua  obsessão  de  ultrapassar  limites  pré-estabelecidos...
Há  uma  grande  parafernália  de  cotas  que  exigem  esforço
E,  senso  assim,  deletam-se  programações  e  esboço.

O  que  importa  é  superar-se  objetivos,  ir  mais  além
Sem  o  devido  respeito  e  preocupação  com  adversários,
Passa-se  facilmente  a  perna  no  que  parece  secundário
Para  vangloriar-se  de  conquistas  às  vezes  avessas  ao  bem...

Este  é  o  cenário  promulgado  para  os  dias  atuais,
A  febre  pela  vitória  pessoal  leva  inteligências  ao  desperdício
Que  é  vaticinado  nada  mais  nada  menos  que  pelo  vício
De  uma  auto-afirmação  que  joga  com  os  dados  da  sorte
E  que,  sem  dúvidas,   por  ironia  do  destino,  é  sentença  de  morte!
Postado por poetaivanmelo.blogspot.com.br às 13:03 Nenhum comentário:
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quarta-feira, 1 de maio de 2013

Sinfonias



O  Brega  atropelou  o  Samba  na  avenida
E  em  pleno  carnaval... -  dor  de  cotovelo!
A  Lambada  trouxe  o  intruso  Pagode  num  novelo
E  não  se  soube  então  a  sinfonia  preferida.

O  FUNK  arrebatou  a  multidão  que  bailava  tímida
Quando  o  Axé  dispersou  suas  notas  pela  arquibancada,
Houve  um  curto-circuito e  o  Forró  cantou  suas  toadas
Levando  ao  delírio  a  plateia  que  frevava  desinibida.

No  silêncio  do  Maracatu  projetou-se  intensa  algazarra
E  o  ROCK  foi  melodia  entre  românticos  em  grande  farra
Abrindo  espaço  para  que  o  Bolero  derramasse  sua  dor...

O  alarido  cessou  quando  a  orquestra  entoou  uma  valsa
E  o  público  ressabiado  concentrou-se  em  pausa,
Pois  os  acordes  da  música  clássica  falavam  de  amor!
Postado por poetaivanmelo.blogspot.com.br às 18:15 Nenhum comentário:
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Orvalho Imortal

Ondas são sensações que se partem em linhas sinuosas...

Diante do desequilíbrio caótico de certos pensamentos
O homem tenta contrabalançar a desarmonia dos sentimentos

Gerada por falhas humanas na infra-estrutura da consciência...
Os apelos são decodificados como um engenho da fantasia
Que através de “plugs” orgânicos buscam sensibilizar a harmonia

E, assim, concentrar energia no alfa das relações íntimas...
Esse trabalho se processa consoante as aspirações do indivíduo
Que repele os miasmas e adquire alegorias selvagens in vitro
A fim de que, aos poucos, possa configurar o meio físico.

As emoções recebem o substrato dessa química que reforma
E as mazelas são dissipadas abrindo-se um novo campo
Donde se extraem substâncias formadoras de encantos
Que vão sensualizar a natureza virgem em sua plataforma
Para que se perceba que a alegria nunca estará morta!
Postado por poetaivanmelo.blogspot.com.br às 09:24 Nenhum comentário:
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