Uma imagem que não ouso
esquecer,
Miragem de uma lembrança
que isento
Da memória, pois tu que
foste um vento
Hoje és tão somente para
mim um dossiê...
No começo me derribavas em
teus galhos,
Depois me socorrias já
ferido dentre folhas
E, mesmo que não fosse eu
uma tua escolha,
Vivia sangrando aos teus
pés, cheio de talhos.
Aos pedaços prolataste
pilhérias pela boca,
Eu colocava as mãos a
cobrirem meu rosto,
Porque sofria em silêncio
ousado desgosto...
Ah! Ninguém falou por ti,
tu a mim o disseste
Que a vida era
enciclopédia e que eu o imortal
Das páginas que
retratariam teu gênio animal!
DE Ivan de Oliveira Melo
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