domingo, 2 de setembro de 2018

CÍRCULO





No antigo tique-taque dum relógio
Na sala se vê um refúgio do tempo,
Construção arcaica que agora intento
Para que taciturno eu combata o ócio.

Enigmas me envolvem e sou a tutela
Dos ruídos que se exalam concomitantes...
Tudo é parafernália dos ricos instantes
Que, suntuosos, tudo das horas revelam.

Em marcha a vida prossegue meio atônita
Num ritual de exuberância assaz sinfônica,
Pois do badalar se percebe o tom da música.

Sintomas de silêncio... É solidão e saudade,
E se chega à velhice, lembra a puberdade
Como início dum viver pleno de acústica!



DE  Ivan de Oliveira Melo

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