sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

HARD GAME

I’m always alone.
Is the world small?
All is going to fall
On the large stones

That cover my head.
I’m not never well
Then I can not tell
What the time said…

I’m usually too sad
Because life is red…
Men die fighting!

I can not be happy...
World is a bad match,
No one lives smiling!


By Ivan de Oliveira Melo



BATALHA

Engavetei meus sonhos num criado-mudo,
Trancafiei-os porque não dialogavam comigo…
Zombavam de minha realidade, eram-me castigo
E, diante da vida, desejavam entender do tudo.

Abandonei-os por um largo espaço de tempo,
Novos devaneios construí a fim de haver justiça,
Contudo a nova seara onírica deu-me vida postiça
E me vi perdido perante meus próprios sentimentos.

Melhor conviver com o que expõe ser a verdade,
Por isso abri a gaveta e libertei minha sensibilidade
Permitindo aos prisioneiros dançarem sua música…

Terrível esconder o real para saborear-se a fantasia,
Fiz detentos os devaneios que me trouxeram alegoria,
Mas tive de suportar do criado-mudo intensa acústica!


DE Ivan de Oliveira Melo







quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

DOGMA

Yo hube besado el perfume de la noche,
Los vientos picotearan el silencio de la madrugada,
Mientras las aves rocaron sobre la luz del alba,
Los carillos viajaron dentro de los azotes.

El amor fluctuó delante de los delirios del placer
Y las horas se quedaron horripiladas de emoción,
Hubo una sensación que trajo la voz del corazón
Y una melodía calentó el rocío dentro de cada ser.

Yo acaricié el tiempo… Hubo lluvia de ternura…
Los minutos encubrieron el espejo de la partitura
Y del espacio las nubes derramaron el celo…

No hubo dolor ni lágrimas… Venció la sutil magía
Del sentimiento que malparió de las fantasías
El dogma de que sin amor nada puede ser sincero!


DE Ivan de Oliveira Melo



quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

MENTECAPTOS

Os mentecaptos invadem espaços equilibrados…

Há indivíduos absorventes das megeras alheias,
Digerem os fatos e os enrendam aos seus modos,

Interpretando-os à luz das conveniências abjetas
E os inundando da pieguice abstrata da hipocrisia
Que cultiva sonhos irreais perante mármores frios…

São criaturas inadimplentes diante da verdade única,
Pois fabricam ideais indigestos e deles se apropriam
Como produtos derivados das mentes assaz nebulosas,
Possuidoras dos anseios esdrúxulos que ferem a alma.

Tais personagens merecem do desterro a masmorra,
Donde se possam aprisionar os devaneios sinuosos,
Perturbadores da eloquência lúdica das inteligências
Que fertilizam os pensamentos mediante a consciência
De que o mundo é universo cabível dentro da realidade!


DE Ivan de Oliveira Melo



ESTOU...

Estou penumbra. Vagueio por inúmeras estradas.
Às vezes estou vulto e tenho muito medo do sol,
Porque na escuridão sem rutilância não há arrebol
E minha alma não vive, sobrevive só, em segredo.

Mergulho nas trevas onde água tem cor de sangue…
Estou elemento químico e vibro dentre sonoplastias
Que tecem a audição de todas as terríveis empatias
Sobraçando o mundo mesmo respirando o degredo.

Estou deserto. Minha areia viaja entre fortes ventos
E perante um oásis de púrpura excerto os tormentos
Que fogem do fogo e se disfarçam em pedras de gelo.

Estou sombra. Nas asas de minha volátil imaginação
Permito que minha inorgânica valse ao som do violão
E componha nas astúcias as partituras do estrangeiro!


DE Ivan de Oliveira Melo



domingo, 22 de janeiro de 2017

CONSPIRAÇÕES

Convém equacionar-se todos os problemas
Que dilapidam os alicerces da vida moderna,
Há pontos que esbravejam os gritos de alerta
Dentre sons que traduzem o viés dos fonemas.

Cumpre nomear-se tantas inúmeras diligências
Ainda uniformes perante os quadros sinóticos,
Para a prática existência cívica há antibióticos
Que regulam maus agouros e tais consequências.

Fundamenta-se a inteligência que talvez durma
E buscam-se soluções mediante o acesso à urna
Onde a argúcia filtra as substâncias do intelecto…

Rompem-se os grilhões: o que é nocivo cerceia
Os elementos dignos, todavia o salutar é a veia
Que implode as maledicências que sujam o teto!


DE Ivan de Oliveira Melo



terça-feira, 17 de janeiro de 2017

OSCURIDAD

La noche estaba fría, pero el cuerpo, cálido…

El viento soplaba sobre las cabezas y los pelos,
Tesos de miedo, agitaban los corazones que

Pulseaban inestables… Las mortajas rechinaban
Y entrecruzaban las nubes oscuras y infértiles…
Todos los ojos abrían y cerraban delante del ocio.

Había los fantasmas de la soledad y de la nostalgía
Que musitaban en los oídos carentes de la palabra
Acerca del amor que vivía esclavizado en los pechos
Y morían asfixiados debido a ausencia de recato…

En los campos el pueblo temía la muerte enfadosa…
El tiempo no hartaba la coraje y el recelo de vivir
Siempre estaba en el hondo de un pozo sin claridad.
Simplemente la vida era el ocaso de la madrugada
Que llenaba de pavor el sol que nunca despertaba…


DE Ivan de Oliveira Melo