Perdi-me numa rua
sem nome
Repleta de casas
pobres, buracos à
beça...
Pelas
calçadas, cachorros sujos
enfeitavam o ambiente
E esgotos a
céu aberto vitaminavam
a respiração.
Tropecei numa calçada
quebrada e caí...
Para meu espanto,
ninguém registrou o fato
E fiz de
um muro cheio
de lodo, meu
apoio...
Levantei-me
e, atordoado, tentei
desvendar onde estava...
Lugar
esquisito, pessoas estranhas
e mal vestidas
Eram os moradores
que parecia não
se darem conta
de mim...
Para eles, eu
era mais um
transeunte desconhecido
A perambular no
mutismo de mim
mesmo e do
destino...
Fui
caminhando, caminhando... Cheguei
a uma esquina
vazia
E me sentei
debaixo de uma
velha marquise e
chorei... chorei!
Como fora parar
ali? Que becos
da vida trouxeram-me?
Um rosto inundado
em lágrimas compadeceu-se
de minha presença.
Não sabe onde
está? Perguntou-me. Notei
que sofria como
eu...
Morremos e certamente
prestamos contas dos
nossos atos!
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