segunda-feira, 14 de abril de 2014

Código da Natureza



Minha vida está algemada ao destino
Que corre indiferente: rumo desconhecido!
Sou apenas peão, lavrador deveras destemido
Que semeia palavras como andaluz peregrino.

Estrada longa... Névoa e poeira como alimentos
E rodeado por matagais virgens e solitários
Que abraçam animais silvestres e um campanário
Perdido entre exuberantes copas cativas do tempo.

Aqui e ali pássaros entoam sonatas maviosas
E a noite despenca sobre corcéis de tribos ociosas
Pelo deleite dos ritmos do bailado das gentes...

As horas se despedem a cada instante lineares,
Sempre remoçando paisagens, envelhecendo paladares
Que se nutrem pelo sabor das desvairadas sementes!

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