quinta-feira, 17 de abril de 2014

No ritmo dos ventos



Tempestades são areia de prata
Que se movem sarracenas pelo espaço,
Engendram dilúvios febris e cansaço
E numa atmosfera cíclica ao amor retrata.

Brisas são sombra e água fresca
Que lentamente desfazem enigmas,
Mas é necessário que aqui se diga
Que as abas do silêncio são burlescas.

O lixo soprado pelos ventos é nômade
Bem como órfã é a saudade sem nome
Que se torna delinquentemente vazia...

Melancólico é o amor isento de paixão,
Pois, é cúmplice inexorável da solidão
Que pinta de aparências a ventania!

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