Estou sozinho a bordo do amor,
Águas bravias balouçam a ampola,
Quem desejar tocá-la e dispô-la
Tem de com jeitinho regar uma flor.
Sem soalho, areia é carinho e ternura,
Adubo é magia, é o sopro do ar
Que faz germinar o orvalho do amar
E se edifica solene um jardim sem censura.
Vagueio místico entre odores e perfumes,
A ampola flutua desnuda do mundo, impune
A soçobrar os prados desérticos em solidão...
Ondas são quimeras que açoitam brisas
Tímidas pelo aroma das flores, orquídeas,
Que fazem do tempo a menopausa do coração!
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