Diariamente a hipocrisia pare fantasias
E o homem, escravo de si mesmo,
Destroça toda a alquimia dos amuletos
E se embebe de ignorância em seus sentimentos
Contrariando a espinha dorsal dos ventos
Que sopram angústias ao se perceberem desviados...
Há uma ausência do apetite da verdade,
Adereços cotidianos entalham as consciências,
A razão mergulha afoita num mar de iniquidades
E o que parece sensato é peçonha e imprudências...
Coração é pedra, assemelha-se aos deuses gregos...
A mitologia renasce pujante no meio do povo
Que bebe do alcatrão alegorias dum viés tenebroso
Num espetáculo melancólico em que os mancebos
Dizem de suas raparigas vendavais de indecências!
Poema de IVAN DE OLIVEIRA MELO
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe o seu comentário.