Orgulhoso,
bravio, na catacumba desterrada,
Eis um corpo de
alma sedenta, faminta
Da luz sem
sombras e dos amores encardidos
Que jazem
putrefatos sob o sol de verão...
Morre-se o dia,
renasce-se a noite meio cansada,
Tumultuada
diante da timidez da lua que, grávida,
Funde-se na
hibernação dum tempo pálido,
Mas encolhido
pelas horas frias da velha estação.
Ventos afoitos
sopram inquietude perante a vida
E é necessário
que se feche o sepulcro abandonado,
Pois a chuva
umedece os gritos embutidos no eco.
DE Ivan de
Oliveira Melo
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