Debaixo da pálida sombra dos pinheirais
Há um sol soturno e ondas dos ventos
Que sopram sobre teias de pensamentos
Adormecidos no catre dos desejos ancestrais.
Sob a chuva insossa que provoca a erosão
Há um solo úmido de calcário e argila fresca
Que retém o húmus duma overdose siamesa
A destruir retalhos de areia coloridos de paixão.
Dentre os tecidos que costuram silêncio e amor
Há sementes que germinam viçosas no que é tesão
E assanham das árvores os brotos caídos no chão
Seduzidos pela volúpia que são sonhos a decompor...
Assim a natureza manufatura todas as horas do dia
E os devaneios saltam do onírico isentos de fantasia!
DE Ivan de
Oliveira Melo
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